Um grupo que representa algumas operadoras de telecomunicações na Europa alertou que banir fabricantes chineses da infraestrutura 5G por razões políticas iria aumentar os custos e atrasar a atualização da rede
A European Competitive Telecommunications Association (ECTA) denunciou, em comunicado “a restrição de fabricantes 5G chineses por razões geopolíticas” e enfatizou “que estas decisões só podem ser justificadas com base em factos bem estabelecidos”. De acordo com a Reuters, a ECTA conta com operadoras de telecomunicações alternativas, como a Masmovil, de Espanha, e a Iliad, de França. De realçar que a Huawei, uma das principais visadas na restrição de vendas 5G por parte de fabricantes chineses, também faz parte do conselho da ECTA. O comunicado lançado pela ECTA foi lançado depois de a França ter imposto restrições aos equipamentos da Huawei. Já este mês, a Orange Belgium e a Proximus foram informadas que têm de trocar os equipamentos Huawei por equipamentos Nokia para a sua rede partilhada de 5G na Bélgica. Luc Hindryckx, General Director da ECTA, explicou que o comunicado reflete as preocupações dos CEO dos membros da associação de que a adoção de uma abordagem europeia comum estava a levar cada vez mais países a impor restrições aos fabricantes chineses. A exclusão da Huawei e da ZTE deixa as operadoras com apenas a possibilidade de escolher entre três fornecedores – Nokia, Ericsson e Samsung. A ECTA acrescenta que “a redução do número de fornecedores globais de cinco para três vai impactar o setor de telecomunicações com o aumento de custos, um impacto negativo na performance, um atraso na implementação de redes 5G e restrições nas potenciais inovações”. |