O estudo do BCG destaca que os setores mais afetados pela mudança impulsionada pela inteligência artificial são os que poderão ser mais expostos a perturbações a nível mundial
Segundo a pesquisa mais recente do Boston Consulting Group (BCG), a maioria das economias não está pronta para a disrupção tecnológica que vai ser impulsionada pela inteligência artificial (IA). O estudo demonstra que mais de 70% das economias têm uma pontuação abaixo da média em áreas essenciais como a participação no ecossistema, as capacidades e a investigação e desenvolvimento. Em primeiro lugar, o AI Maturity Matrix do BCG avalia a vulnerabilidade de cada economia às mudanças impulsionadas pela IA, como a deslocação de empregos e os ganhos de produtividade em todo o setor. Em segundo lugar, analisa a preparação de cada economia para enfrentar os riscos associados à inteligência artificial, enquanto aproveita o seu potencial para estimular o crescimento económico. “Este estudo oferece uma visão ampla da adoção global, revelando que, apesar de a maioria das economias estar a adotar gradualmente a IA, um pequeno grupo influente de pioneiros está a emergir como líderes globais”, declara Christian Schwaerzler, Presidente do Center for Public Economics do BCG. “Este conjunto de mercados líderes podem obter vantagens económicas significativas e estão numa posição única para moldar a forma como a Humanidade se vai envolver com esta tecnologia transformadora”. De acordo com o relatório, há seis setores que se encontram mais expostos à mudança impulsionada pela inteligência artificial, como informação e comunicação, bens de alta tecnologia, retalho, serviços financeiros, serviços públicos e fabrico de automóveis. As economias com uma elevada percentagem de setores mais vulneráveis à implementação de IA estão entre as mais expostas a perturbações a nível mundial. Entre elas estão o Luxemburgo, Hong Kong e Singapura. As economias com setores industriais menos vulneráveis à perturbação causada pela IA estão menos expostas. Estes setores incluem a construção, a agricultura e o fabrico de mobiliário e inclui países como a Indonésia, Índia e Etiópia. “Os legisladores precisam agir de forma decisiva para se prepararem para um mundo impulsionado pela IA, aumentando a resiliência, a produtividade, a criação de empregos, a modernização e a competitividade”, refere Aparna Bharadwaj, Global Leader da Global Advantage Practice do BCG. |