O Claranet Research Report 2016, dedicado à “Inovação nas TI Europeias”, revela que as médias empresas, em Portugal, não são as mais ágeis na adoção na forma como gerem e alojam as suas aplicações
O estudo da Claranet, que contou com a participação de 900 decisores de TI de médias empresas do Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Portugal e Benelux, analisou a forma como os negócios gerem e alojam as suas aplicações. Assim, segundo o relatório, os CIO reportam disparidades claras na utilização da cloud, DevOps e na frequência da atualização de aplicações. Enquanto França, Espanha e Benelux lideram a mudança progressiva nestas práticas de TI, o Reino Unido, Alemanha e Portugal aparentam estar mais atrás e resistentes à mudança. Assim, só 47% das aplicações estão alojadas na cloud, em Portugal. Em França e no Benelux, as percentagens são de 72% e 64%, respetivamente. No Reino Unido e na Alemanha os valores são de 50 e 55%. As taxas de adoção de DevOps no Reino Unido (26%), Alemanha (28%) e Portugal (28%) estão abaixo das reportadas no Benelux e França (44% e 38%, respetivamente). Apenas 34% das aplicações portuguesas e 40% das do Reino Unido são atualizadas todas as semanas, um valor significativamente mais baixo que no Benelux (61%) e em Espanha (56%). "Os negócios necessitam de uma grande capacidade de transformar-se e inovar constantemente, pois só desta forma se conseguirão manter relevantes. Caso contrário, correm o risco de serem ultrapassados por novos negócios ou modelos mais disruptivos”, adianta Charles Nasser, Fundador e CEO da Claranet. “Na Europa, podemos concluir que os negócios estão constantemente a reinventar-se adotando práticas inovadoras, com fortes níveis de adoção de cloud pública e DevOps reportados há mais de um ano. No entanto, é claro que alguns países estão mais à frente que outros, face a esta transformação. Esta análise aponta para uma divisão na Europa. De um lado França, Espanha e Benelux, que estão rapidamente a abraçar práticas de gestão de TI inovadoras, e de outro UK, Alemanha e Portugal que aparentemente estão a ficar para trás. Este distanciamento poderá dever‑se a considerações práticas, tais como restrições regulatórias ou orçamentais que deixam os líderes de TI de mãos atadas, ou mesmo questões culturais. Serão estes países mais avessos ao risco que os vizinhos Europeus e como tal, menos desejosos ou capazes de inovar?”, continua. “As organizações do Reino Unido, Alemanha e Portugal devem olhar para os melhores desempenhos da Europa e encontrar novas formas de incorporar as práticas de TI mais inovadoras. É aqui que os fornecedores de serviços de TI assumem um papel crítico enquanto guias nesta transição. Não só pela sua própria oferta de serviços inovadores, como também no suporte, permitindo aos negócios terem mais tempo para inovar”, acrescentou. “Os departamentos de TI que atualmente aportam mais valores para as organizações são aqueles que se encontram menos limitados pelos procedimentos internos de eficácia e eficiência, pois hoje, têm a capacidade de focar-se muito mais no crescimento da rentabilidade do negócio, do que alguma vez tiveram,” concluiu. |