Um estudo da National Research Group dos EUA determinou que a atitude dos consumidores face a experiências potenciadas pelo 5G era de "otimismo cauteloso", com particular interesse na interatividade, colaboração e aprendizagem
O estudo "Me & The Machine: Enter A New Reality in Our Unreal Times" foi levado a cabo pelo National Research Group (NRG), com o apoio de consultoria da Verizon e a RLab, e baseia-se num inquérito quantitativo a 1.500 consumidores norte-americanos entre os 13 e os 54 anos – com entrevistas a mais de 20 especialistas da indústria – relativamente à sua perspetiva sobre o 5G e novas tecnologias como realidade virtual, aumentada e mista, wearables, entre outros. Há quase uma década, o 4G trouxe consigo um novo paradigma móvel, permitindo-nos partilhar e consumir conteúdos a uma velocidade sem precedentes. É fácil esquecer-mo-nos que houve uma altura em que o live streaming de vídeo não era simplesmente uma funcionalidade comum de aplicações de mensagens e social media. Mas este novo mundo de partilha instantânea de dados veio também a exacerbar certos sentimentos comuns sobre a tecnologia, como o isolamento social e falta de privacidade. Dito isto, como é que os consumidores se sentem sobre a ascenção do 5G na próxima década, e sobre as inúmeras tecnologias a emergir em paralelo, que prometem ampliar exponencialmente o domínio do digital? É exatamente esta questão que novo estudo "Me & The Machine: Enter A New Reality in Our Unreal Times" aborda, indicando oportunidades para experiências de última geração ao descobrir necessidades da indústria e barreiras à adoção. “O 5G vai potenciar toda uma nova era de experiências de consumidor, tomando partido da sua alta velocidade, largura de banda e baixa latência”, refere Frank Boulben, SVP of marketing and products da Verizon Consumer Group. Apesar de expressarem preocupações relativamente à privacidade num mundo conectado, a atitude geral foi de “otimismo cauteloso” face a tal realidade. “Os consumidores estão prontos para experiências imersivas que possam transcender os males da era da internet e deixar-los criar a sua própria realidade, na qual a descoberta e crescimento pessoal têm primazia sobre o consumo”, assegurou Jon Penn, CEO do NRG, no estudo. O estudo revelou que as experiências de consumidor mais interessantes e úteis que estas novas tecnologias permitem são do foro da aprendizagem interativa, identificado, no entanto, quatro preocupações prevalecentes face à proliferação destas tecnologias:
Os consumidores expressaram interesse em “soluções de comunicação e colaboração multidimensionais para lá do emitir e responder”, incluindo novas capacidades como remover barreiras de linguagem e capacidades de colaboração em tempo real. Os consumidores esperam dos criadores a produção de conteúdos interativos que suportem auto-descobre a e crescimento sem prejudicar a sua privacidade, limites e relações. Os cinco use cases que os consumidores identificaram como mas úteis foram:
À medida que a inteligência artificial continua a proliferar e a crescer em capacidade, os consumidores começam a resistir uma vida passiva – no topo do Top 5 de use cases está “desenvolvimento de capacidades / aprendizagem interativos”. Em suma, os consumidores estão interessados em fazer em vez de simplesmente observar. Deste Top 5, apenas esta categoría aparecei no ranking de tecnologias mais interessantes e úteis, acima. Particularmente interessante é que o Top 4 de tecnologias todas estão relacionadas com tecnologias de realidade aumentada, virtual e mista:
Apesar dos ciclos de crescimentos atribulados que a realidade virtual, aumentada e mista tem vindo a experiênciar, 61% dos consumidores acreditam que tecnologias emergias terão um impacto positivo na sociedade. Apesar de todos os grupos demográficos apresarem pelo menos 50% de respostas positivas a esta questão, existe uma clara divisão: inquiridos do sexo feminino apresentaram mais respostas negativas e as gerações Z e X apresentam os resultados mais altos e baixos, respetivamente. Quanto aos casos com uma receção menos entusiástica, os consumidores demonstram menos interesse em tecnologias que simplesmente “acrescentam uma camada” sobre o mundo à sua volta, com os seguintes use cases no fundo da ranking:
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