Até 2020, o ritmo da transformação digital promete acelerar e Portugal não é exceção
Em menos de uma década assistimos ao amadurecimento dos quatro pilares da 3ª plataforma tecnológica: tecnologias cloud, mobile, social e Big Data e a chegada dos aceleradores de inovação: Internet of Things (IoT), inteligência artificial (IA)/computação cognitiva, realidade aumentada/ virtual, impressão 3D, robótica e segurança de próxima geração. A IDC prevê um ritmo de mudança ainda maior entre 2017 e 2020, à medida que cresce a “Economia DX”. Para ter sucesso nesta nova economia digital, será fundamental entender as novas regras económicas, os novos papéis que os líderes tecnológicos terão de assumir e ainda o novo posicionamento e oferta que os fornecedores de tecnologia terão de imprimir.
Ao longo dos últimos três anos, organizações de todo o mundo, líderes nos seus setores, têm desenvolvido as suas estratégias para a transformação digital (DX). Além de grandes apostas, começaram a mudar as suas culturas e lançaram as bases para novos modelos de negócios. A IDC destaca três casos:
Estas organizações, e muitas outras, estão a reinventar-se em torno (1) do cliente, (2) da informação e (3) da transformação do modelo operacional - os três pilares fundamentais para o desenvolvimento de qualquer estratégia de DX.
As inovações que permitiram a diferenciação competitiva só foram possíveis porque nos últimos cinco anos assistimos à consolidação dos quatro pilares da 3ª Plataforma Tecnológica, hoje já utilizadas por mais de 50% das empresas de média e grande dimensão em Portugal (apenas o Big Data ainda se encontra nos 35%). Verifica-se ainda um rápido crescimento dos aceleradores de inovação. É neste contexto de rápida evolução tecnológica que as estratégias de DX estão a evoluir de forma muito rápida. Eis as três áreas prioritárias para o desenvolvimento das estratégias de DX:
Neste contexto de rápida transformação e sofisticação tecnológica, a IDC prevê que em 2020 mais de 50% das 500 maiores empresas portuguesas terão uma equipa dedicada a transformação digital, mas apenas 25% conseguirão ganhar vantagem competitiva através desta e assim acompanhar o nível de sofisticação tecnológica a que assistimos nas maiores organizações mundiais. Isto significa que irão transformar a forma como se relacionam com clientes e parceiros, e como lançam novos produtos e serviços, utilizando tecnologias da 3ª Plataforma e os aceleradores de inovação. No caso concreto de Portugal, esta previsão tem como base, para além de outras fontes de informação internacionais da equipa global de analistas da IDC, a análise de mais de 500 organizações portuguesas com modelo de maturidade Digital Transformation MaturityScape. Destas 500 organizações portuguesas analisadas entre 2015 e 2017, apenas 15% estão nos níveis mais altos (4 e 5, Digital Transformer e Digital Disrupter respectivamente) do referido modelo.
Gabriel Coimbra
Country Manager da IDC Portugal