Organizações utilizam uma combinação de diferentes modelos tecnológicos, variáveis consoante o ciclo de vida dos dados. Opção pela Cloud híbrida aumentará nos próximos anos.
O estudo “Tendências na gestão de ambientes cloud computing”, realizado pela IDC Portugal, aferiu que mais de metade das organizações já procederam à implementação destes serviços em modelo privado, enquanto cerca de metade já adotaram estes serviços em modelo hosting. Em concreto, mais de 42% das empresas nacionais já procederam à contratação de serviços públicos de Cloud computing. "Os serviços de cloud computing deixaram de ser uma opção e passaram a ser uma prioridade tecnológica", sublinha Timóteo Figueiró, Research & Consulting Manager da IDC Portugal. As empresas nacionais já utilizam, atualmente, diferentes modelos de Cloud computing, em conjunto com a sua infraestrutura tradicional. E a sua utilização em simultâneo vai aumentar nos próximos anos, diz a IDC Portugal, segundo a qual há um interesse crescente das organizações nacionais na implementação ou na expansão de serviços de cloud computing, em particular nos próximos 12 meses. A evolução para a adoção de Clouds híbridas deriva da necessidade das empresas recorrerem a diferentes modelos tecnológicos necessários para responder aos requisitos diferenciados dos dados. "Os dados atravessam diferentes fases no decorrer do seu ciclo de vida e os requisitos de latência, desempenho e escalabilidade podem ser distintos consoante a fase do ciclo de vida. Portanto, o modelo de implementação de serviços de Cloud computing mais adequado pode alterar-se no decorrer do ciclo de vida", explica Timóteo Figueiró. Assim, não será de estranhar que 25% das organizações considerem a portabilidade dos dados e das cargas de trabalho como o fator mais importante para o crescimento dos serviços públicos de Cloud computing, atrás da segurança, que ocupa a primeira posição (26%). O crescimento da utilização de serviços de Cloud computing está condicionado pela capacidade de gestão de ambientes híbridos das organizações. Segundo dados de estudos da IDC, cerca de 60% das organizações sublinham a importância de escolher diferentes opções tecnológicas, ter a flexibilidade de migração dos dados consoante as suas necessidades e ter um ‘broker’ dinâmico de serviços de TI, ou seja, um intermediário que as auxilie a selecionar a opção com mais valor em cada momento. |