Nos telemóveis, no supermercado, nas lojas online, nos carros…a inteligência artificial (IA) está a “invadir” as mais diversas áreas da nossa vida e é cada vez mais comum encontrar produtos e serviços com recurso à IA.
De acordo com dados da IDC, os gastos dos governos e empresas em tecnologia IA em 2023 deverão atingir os 500 mil milhões de dólares.
Mas de que forma é que a inteligência artificial vai ser usada? Em que ocasiões? Que caminhos existem?
Bernard Marr revela na Forbes cinco tendências para a inteligência artificial já no próximo ano.
- A continuação da democratização da IA: A Inteligência Artificial vai continuar a crescer e a chegar cada vez a mais pessoas e empresas, à distância de um clique. São cada vez mais as aplicações que recorrem a esta tecnologia. Por exemplo: o número de dígitos necessários para pesquisar sobre algo pode ser reduzido com a sugestão de texto preditivo bastando um clique para visualizar um relatório.
Pode também criar a sua própria aplicação, testar e implementar soluções alimentadas por inteligência artificial ao usar interfaces mais simples. E este ponto ajuda num outro: a democratização da IA permite que as empresas tomem as rédeas nesta matéria e superem desafios como a escassez de cientistas qualificados e de engenheiros, peritos na área.
- IA generativa: Apesar da inteligência artificial automatizar várias tarefas, a IA pode ir muito mais além desta “rotina”. Com recurso a dados de vídeo, imagens e sons, os algoritmos generativos de IA podem criar conteúdos novos que nunca existiram digitalmente.
Em 2023 esta é uma das tendências. Através do recurso a dados sintéticos de áudio e vídeo, pode já não ser necessário gravar a imagem e o som de um discurso, por exemplo. Ao escrever aquilo que quer que o público veja e oiça nas ferramentas generativas e a IA faz o resto.
- Inteligência artificial ética e explicável: A inteligência artificial tem a necessidade de ser ética e “explicável”, ou seja, objeto de confiança para a maioria dos casos em que é necessário, por exemplo, trabalhar com dados sensíveis como é o caso da informação financeira. Se não existe uma base de confiança na IA, não existe confiança para entregar os dados. A ética, nestes casos, vai tornar-se mais importante do que nunca, à medida que as empresas desconstroem os preconceitos e desconfiança à volta de sistemas automatizados.
- Trabalho otimizado: É esperado que para o ano os trabalhadores trabalhem ainda mais com robôs e máquinas inteligentes que ajudam a agilizar o trabalho. Os assistentes virtuais com base em IA vão ser cada vez mais importantes nas respostas aos clientes e na consequente criação de métodos mais eficientes. A capacidade de trabalhar lado a lado com máquinas inteligentes deverá tornar-se ela própria numa competência de trabalho.
- Inteligência Artificial sustentável: Numa altura em que a sustentabilidade é uma preocupação crescente das empresas, recorrer à inteligência artificial pode trazer obstáculos ao cumprimento de metas ambientais. Isto porque os algoritmos de IA, assim como a infraestrutura que a sustenta, requer uma elevada quantidade de energia e recursos. Por outro lado, a tecnologia pode também ser uma aliada na hora de ajudar as empresas a construir produtos, serviços e infraestruturas, identificando fontes de desperdício e a optar por alternativas mais ecológicas que tornem a IA, por si só, também mais sustentável.
Noutra perspetiva, a IA pode ajudar igualmente em problemas de outra dimensão como é o caso das alterações climáticas, através de imagens de satélite que identifiquem desflorestação, por exemplo.
|