Os assistentes pessoais virtuais (VPAs) já são bastante populares entre os utilizadores, mas à medida que a interação se torna mais intimista e facilitada, os VPAs dominarão. De acordo com a Gartner, em 2019 cerca de 20% de todas as interações dos utilizadores com os seus dispositivos será realizado através de um VPA
A Gartner inquiriu cerca de 3.021 consumidores durante o quarto trimestre de 2016 em locais distintos como EUA, Reino Unido e China e verificou que 42% dos consumidores nos EUA e 32% no Reino Unido utilizaram os VPAs dos seus smartphones nos últimos três meses. Além disso, mais de 37% dos auscultados de ambas as regiões revelaram utilizar o seu VPA pelo menos uma ou mais vezes por dia. “O papel das interações irá intensificar-se através da popularidade crescente dos VPAs entre ps utilizadores de smartphones, além das conversações realizadas com smart machines”, refere Annette Zimmermann, research vice president, Gartner. Atualmente, os VPAs mais populares entre os utilizadores são a Siri e o Google Now, sendo que 54% dos inquiridos dos EUA e do Reino Unido referem ter recorrido à Siri nos últimos três meses. O assistente pessoal virtual da Google fora utilizado por 41% dos auscultados britânicos, ao passo que 48% dos consumidores oriundos dos EUA recorreram ao Google Now no mesmo período de tempo. A Gartner prevê que até 2019 os VPAs tenham já conseguido alterar a forma como os utlizadores interagem com os seus ispositivos e tornar-se-ão universalmente aceites como uma parte integrante do dia-a-dia. Atualmente o papel dos VPAs passa apenas por tarefas simples como programar alarmes, ou retirar informações da web, mas em cerca de dois anos estes assistentes pessoais virtuais serão capazes de oferecer aos utilizadores informações mais complexas, tais como prever situações com base noutras do passado. A massificação dos VPAs terá lugar até 2019, segundo a Gartner, mas atualmente é a china o país onde esta tecnologia está mais madura, devido sobretudo ao facto de ser um país onde predominam as plataformas de mensagens. Esta tendência continuará a crescer, e deixará de ser quase exclusiva para utilizadores, passando a ser uma tecnologia adotada também entre profissionais. A própria integração da Cortana, da Microsoft, com o Skype permitirá que os utlizadores comuniquem diretamente com o seu VPA. A analista prevê que os VPAs como a Cortana venham a facilitar a vida dos utilizadores ao conectá-los a outros serviços como agendamento de voos, ou marcações de hotéis. O fim dos ecrãs táteisNas suas previsões, a Gartner revela ainda que a utilização de ecrãs táteis está para acabar. Com uma base instalada prevista de cerca de 7 mil milhões de dispositivos pesoais, 1.3 mil milhões de wearables e 5.7 mil milhões de outros endpoihnts de IoT, espera-se que a interação seja realizada sem toque. Em 2020, a Gartner estima que não será necessário recorrer ao toque para interagir com os endpoints de IoT. “As interações vão deixar de recorrer ao toque para serem cada vez mais baseadas na voz, tecnologia ambiente, biométrica, movimento e gestos”, refere Annette Zimmermann. “Nesta situação, as apps que utilizem informação contextual tornar-se-ão um fator crucial na aceitação dos utilizadores, uma vez que os sistemas baseados na voz aumentarão de forma exponencial à medida que sejam capazes de captar mais informações acerca do ambiente à volta do utilizador. É neste campo que as parcerias entre fabricantes de dispositivos e de software de VPA e o machine learning terão uma importância ainda mais acentuada”. |