A Deloitte lançou aquelas que acredita que vão ser as tendências para 2020 no setor de tecnologia, media e telecomunicações e que inclui, entre outros, 5G, robôs e publicidade em vídeo
A Deloitte lançou o “TMT Predictions 2020” que destaca as dez tendências no mercado da Tecnologia, Media e Telecomunicações: smartphones, TV por antena, publicidade em vídeo, robots e 5G são algumas das principais novidades a marcar a agenda. “Em 2020, as receitas de Tecnologia, Media e Telecomunicações vão ser provenientes de cinco subindústrias, com os smartphones a ficar com a principal fatia do mercado, com 1 bilião de dólares, seguido dos data centres e software empresarial (660 mil milhões dólares), televisão (600 mil milhões dólares), Internet of Things (500 mil milhões dólares) e computadores (400 mil milhões de dólares)”, refere Sérgio do Monte Lee, Partner da Deloitte e Líder da industria de TMT. O mercado de smartphones gerará uma receita de cerca de um bilião de dólares em 2020, impulsionado pelo robusto e contínuo crescimento dos acessórios e negócios paralelos, como a publicidade e apps. Prevê-se que até ao final de 2020, os acessórios e negócios paralelos representem um volume de negócios equivalente ao da venda de equipamentos, cerca de 500 milhões de dólares. A televisão por antena mantém-se resiliente e poderá chegar a dois mil milhões de pessoas em 2020, que veem alguma TV via antena. A televisão terrestre vai apoiar a indústria da televisão a manter o seu crescimento, mesmo tendo em conta a redução do tempo em frente ao televisor e, em alguns mercados, o aumento dos cancelamentos das subscrições de televisão, substituindo por conteúdos de vídeo via internet. Os dados revelam que o dividendo digital de libertação do espetro ainda vai ter que esperar. A Deloitte prevê que a receita global de serviços de vídeo suportados por anúncios atingirá os 32 mil milhões de dólares em 2020. O continente asiático, incluindo China e Índia, liderará as receitas com 15,5 mil milhões de dólares no próximo ano, cerca de metade das receitas totais globais. Na China, Índia e em toda a região da Ásia-Pacífico, o vídeo suportado por anúncios será o modelo dominante de entrega de vídeos para os consumidores. Nos Estados Unidos, o vídeo suportado pela publicidade irá também crescer, apesar de se manter como modelo predominante a assinatura sem anúncios. A Deloitte prevê, que até ao final de 2020, mais de cem empresas em todo o mundo irão começar a testar implantações privadas de 5G, investindo algumas centenas de milhões de dólares em recursos e equipamentos. Para muitas das maiores empresas do mundo, as redes de 5G privadas vão tornar-se a opção preferencial, especialmente em contextos industriais, como fábricas, centros de logística e portos. A nova geração de chips de inteligência artificial irá reduzir as frustrações causadas pela falta de conexão à Internet nos smartphones, graças à integração do chip de inteligência artificial no dispositivo. Em 2020, estima-se que um em cada três smartphones terá um chip de inteligência artificial. Neste ano serão vendidos mais de 750 milhões de chips de inteligência artificial - chips ou partes de chips que realizam ou aceleram tarefas de machine learning no dispositivo, em vez de um data center remoto – e este mercado continuará a crescer muito mais rapidamente do que o mercado geral de chips. A previsão da Deloitte para as vendas de robots para fins empresariais é de cerca de um milhão a nível global em 2020, sendo que destes cerca de metade terá como destino a prestação de serviços profissionais nas organizações, estimando-se que gerem uma receita de 16 mil milhões de dólares – 30% mais do que em 2019. De acordo com os dados do estudo da Deloitte, TMT Predictions, o número de “robots corporativos” vai ultrapassar o número de “robots industriais” em unidade já em 2020, e em termos de receita angariada em 2021. Em 2020, o mercado global de audiobooks crescerá 25%, cerca de 3,5 mil milhões de dólares, e o mercado global de podcasting aumentará 30% em relação a 2019, atingindo 1,1 mil milhões de dólares em 2020, ultrapassando a marca de 1 mil milhão de dólares pela primeira vez. |