A crescente adoção de inteligência artificial e de outras tecnologias emergentes está a impulsionar a procura por semicondutores mais poderosos, com destaque para a necessidade da sustentabilidade e resiliência na cadeia de abastecimento
O estudo sobre o futuro dos semicondutores realizado pelo Research Institute da Capgemini, intitulado de “The semiconductor industry in the AI era: innovating for tomorrow’s demands”, revela que adoção crescente da Inteligência Artificial (IA) e da IA generativa está a criar um aumento significativo pela procura de soluções de ponta na indústria dos semicondutores. Segundo o estudo, apesar da previsão de um crescimento na procura de chips de inteligência artificial, a indústria de semicondutores vai ter de capitalizar as oportunidades emergentes para reforçar a estabilidade do fornecimento de semicondutores. A rápida adoção de IA generativa e o aumento de tecnologias emergentes como o 5G, a Internet of Things (IoT), a realidade aumentada, a realidade virtual e o edge computing, reforçam o aumento da procura de chips mais poderosos, mais eficientes e personalizados. De acordo com o estudo, três em cada cinco empresas de semicondutores acreditam que a IA generativa, o 5G ou outros protocolos de comunicação têm impacto nas suas estratégias. De acordo com o estudo, 39% das empresas de semicondutores acreditam que a procura de chips feitos à medida vai crescer nos próximos dois anos. No entanto, a grande maioria das empresas downstream (81%) prevê que as suas necessidades aumentem apenas 21% no próximo ano. Quase metade dos fabricantes de semicondutores afirmaram que também dependem da IA e do Machine Learning para melhorar os seus processos. A adoção crescente de IA e de IA generativa traz o desafio dos cálculos e dos grandes volumes de dados a serem suportados de forma eficiente. Consequentemente, a procura de unidades de processamento neural (NPU) criadas à medida e de unidades de processamento gráfico (GPU) com níveis de desempenho mais altos aumenta. 54% das indústrias downstream considera que os avanços na computação GPU e a aceleração do IA/ML podem criar mais valor. Os resultados do estudo revelam que mais de metade dos fabricantes de semicondutores vai dar prioridade à sustentabilidade na criação de chips, à resiliência da cadeia de abastecimento e à cibersegurança nos próximos dois anos. As empresas de semicondutores planeiam aumentar a componente doméstica das suas ofertas até aos 47%, o que irá permitir reduzir os riscos associados às tensões geopolíticas. De forma a reforçar a sua estabilidade, preveem também aumentar em 4% a componente de nearshoring. |