O estudo da ManpowerGroup destaca a necessidade de adaptação rápida das empresas às mudanças digitais, à adoção de IA e à sustentabilidade, enquanto enfrentam desafios de escassez de competências e diversidade no local de trabalho
O ManpowerGroup apresentou os resultados do estudo “Acelerar a Adaptabilidade” que revelam as tendências do mundo do trabalho para 2025, num contexto de mudança acelerada, alimentada pela rápida transformação digital e adoção de Inteligência Artificial (IA), pelo aumento da procura de uma maior sustentabilidade nas operações empresariais. “Nestes últimos anos, a capacidade de adaptação revelou-se absolutamente fundamental para as empresas se manterem na vanguarda da inovação, da transição verde e da evolução dos modos de trabalho e preferências dos candidatos. Hoje, devido à contínua adoção da inteligência artificial, às alterações demográficas e à persistente escassez de talento, bem como a um cenário global extremamente volátil, as empresas precisam de acelerar ainda mais a adaptação, e delinear estratégias focadas no talento, por forma a assegurar uma transição benéfica para os negócios e para os trabalhadores. A aposta no desenvolvimento de competências, no bem-estar e no alargamento das bases de talento, com um foco na diversidade e inclusão, serão, neste âmbito, estratégias incontornáveis”, afirma Rui Teixeira, Diretor Geral do ManpowerGroup em Portugal, em comunicado. De acordo com o estudo da ManpowerGroup, a força de trabalho está a mudar com a representação das gerações Z e Millennial, com expectativas distintas sobre o mundo do trabalho. A Geração Z entra no mercado durante um período de rápidas mudanças, enfrenta desafios em saúde mental e comunicação, mas valoriza oportunidades de promoção e aquisição de novas competências. Os Millennials, muitos em cargos de gestão intermédia, são propensos ao stress diário e valorizam o bem-estar, liderança ética e transparência. A participação das mulheres está a aumentar, mas a desigualdade salarial e a instabilidade geopolítica continuam a ser preocupações. Além disso, novas formas de trabalhar estão a emergir, com a flexibilidade no local de trabalho sendo altamente valorizada. A diversidade nas preferências dos trabalhadores reforça, também a necessidade de espaços de trabalho que promovem a conexão e o bem-estar. A gig economy está a crescer, com muitos trabalhadores a obter rendimento através de empregos informais. A adoção de tecnologias com IA pode aumentar a pressão e burnout, mas também oferece soluções para combater preconceitos e garantir uma cultura de trabalho inclusiva. Segundo o estudo, a transformação digital está a acelerar, com quase metade das empresas a utilizar ferramentas de IA generativa. A escassez de competências em inteligência artificial e cibersegurança é uma preocupação crescente. A sustentabilidade das carreiras e a formação em competências tecnológicas são necessárias para a transformação digital. A incerteza geopolítica e a escassez de talento qualificado são desafios que exigem a inovação e estratégias de desenvolvimento de talento para garantir a evolução num mercado de trabalho cada vez mais digital e impulsionado pela IA. |