22% das transações non-cash poderão ser pagamentos instantâneos até 2028

De acordo com o novo relatório da Capgemini, apenas 25% dos bancos conseguem receber pagamentos instantâneos e só 5% tem a capacidade para os enviar e receber

22% das transações non-cash poderão ser pagamentos instantâneos até 2028

O novo relatório da Capgemini, o World Payments Report 2025, antevê que os pagamentos instantâneos representem cerca de 22% do volume total das transações non-cash até 2028 a nível global.

Ao longo dos últimos 20 anos, observámos um crescimento das tecnologias e soluções digitais como é o caso das wallets, os pagamentos peer-to-peer (P2P) e os pagamentos contactless, além da vulgarização da aquisição de uma nova preponderância no contexto dos pagamentos.

Em 2023, o número de transações non-cash ultrapassou os 1,4 biliões e poderá superar os 1,6 biliões em 2024. Cada vez mais clientes preferem adotar experiências de pagamento eficientes e sem complicações, mantendo-se a previsão do aumento desta tendência, podendo chegar a ultrapassar mais de 2.8 biliões de transações até 2028.

 As transações non-cash estão a crescer rapidamente na região da Ásia-Pacífico (+20%) quando comparado com o crescimento da Europa (16%) e a América do Norte (6%). É considerado que o aumento do comércio eletrónico como o principal responsável da rápida expansão das transações non-cash.

A popularidade crescente das soluções de pagamento instantâneo conta-a-conta (A2A) ameaça o domínio dos cartões de pagamentos tradicionais, prevendo-se que as novas soluções possam reduzir o crescimento futuro das transações realizadas com cartões entre 15% e 25%. O estudo ainda adiante que a Wallet Wero da iniciativa Europeia de Pagamentos poderá acelerar a adoção de pagamentos A2A, o que provoca uma redução de 37% em transações através de cartões em toda a Europa até 2027.

O aumento continuo das transações non-cash assinala um momento de viragem para bancos e prestadores de serviços de pagamento. Os dados revelam-nos que esta mudança, absolutamente inevitável, que está em curso, nos está a conduzir para um futuro que será, rapidamente, dominado por pagamentos instantâneos e abertos”, afirma Jeroen Hölscher, Global Head of Payment Services da Capgemini.

De acordo com o estudo, maior parte dos responsáveis do setor dos pagamentos revelaram que estão preocupados com o aumento das fraudes, sendo que consideram este como um dos grandes obstáculos à adoção dos pagamentos instantâneos. Atualmente, ainda de acordo com o inquérito, só 25% dos bancos podem receber pagamentos instantâneos e apenas 5% têm a capacidade total de os enviar e receber.

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