2022 mais sustentável, produtivo e com novas regulamentações na Europa

A Forrester apresenta as suas previsões para a Europa em 2022, marcado por menos incerteza e reforço de tendências

2022 mais sustentável, produtivo e com novas regulamentações na Europa

A volatilidade será menor, mas existente na Europa, conta Laura Koetzle, VP Group Director
da Forrester nas suas previsões para 2022. Com o recuo da pandemia e a ressurgência de alguma normalidade, os efeitos do Brexit deverão começar a sentir-se e novas regulamentações serão elaboradas para proteger os europeus no trabalho remoto. Preveem também que a crescente procura dos consumidores e novas regulamentações da UE levem mais organizações a investir em iniciativas sustentáveis.

Entre as previsões para os negócios europeus, os líderes tecnológicos, a experiência do cliente e o marketing, a Forrester afirma que a percentagem de consumidores europeus a comprar regularmente a marcas que correspondem aos seus valores – agora em 47% – vai aumentar cerca de 15%, levando as marcas a ampliar os esforços. O desejo de transparência nas empresas é uma das tendências entre os europeus adultos – 69% – e entre os consumidores mais empoderados que esperam que as marcas utilizem as suas plataformas para contribuir de forma positiva para a sociedade, o número sobe para 87%. 

Por outro lado, as empresas europeias vão investir entre 2,4 e 3,3 mil milhões de euros em automação para aumentar a produtividade, incluindo em setores com salários mais baixos. Enquanto em 2020, as empresas investiram um total de 1,88 mil milhões em ferramentas de, por exemplo, digital process automation (DPA), plataformas de decisão digital, otimização da força de trabalho, inteligência conversacional, robotic process automation (RPA) e análise de texto baseada em IA, em 2022 o número deverá subir para 33% em RPA e 13% para DPA. 

Adicionalmente, a Forrester calcula que os políticos terão de desistir da ideia de soberania de cloud europeia, mas a transparência e os padrões de utilização de dados da GAIA-X vão conquistar o mundo. Os grandes distribuidores de cloud norte-americanos cumpriram os requisitos dos clientes europeus, descrevendo as suas capacidades existentes, associando-se mais a empresas locais e fornecendo algumas novidades, pelo que a GAIA-X “nunca teve oportunidades como cloud soberana, mas tem levado os fornecedores a serem mais explícitos sobre a forma como protegem os dados dos clientes”. 

O GAIA-X também iniciou normas de transparência e utilização de dados e elevou o perfil de iniciativas como a International Data Spaces Association (IDSA), que está a desenvolver mecanismos para governar a partilha (ou venda) de dados. Estas iniciativas “oferecem um modelo que o mundo vai replicar — mas vão fazê-lo utilizando a infraestrutura de cloud existente”.

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