É determinante que as aplicações se abram à partilha e integração de dados de forma mais ágil e direta
A terceira revolução industrial trouxe a massificação da eletrónica e das tecnologias de informação, prestando assim um contributo na automatização da produção. Atualmente, a “máquina” está a todo o vapor - protagonista na primeira revolução industrial– continua a trilhar o caminho da quarta revolução industrial, caraterizada por uma fusão de tecnologias onde cada vez é mais difícil distinguir a linha entre o físico, o digital e o biológico. Entre muitas transformações, que as tecnologias de informação nos proporcionaram, há uma muito interessante. Ou será hilariante? A quantidade infindável de siglas, acrónimos, abreviaturas: CRM, SCM, BI, SaaS, ETL, MDM, PDM, PLM, CMS, etc. Cada sigla “esconde” uma aplicação de negócio que desempenha um papel na cadeia de valor de uma organização. Durante muito tempo, o software empresarial sofreu poucas evoluções. No entanto, a transformação digital é imparável e está a forçar os fabricantes de software, que por definição contribuem para a digitalização, a terem, também, que se reinventar. A grande transformação do software empresarial deve-se a vários fatores. Entre outros, a experiência de utilização, a agilidade, a inteligência (artificial), a colaboração, a democratização, a mobilidade, e ainda a cloud. A Gartner projeta que este mercadocresça a um ritmo de 10.8% ao ano, alcançando 284 mil milhões de dólares em 2021. As organizações, finalmente, estão cada vez mais cientes de que um dos seus maiores ativos são os dados que os seus, processos, equipamentos, colaboradores, parceiros, e clientes geram diariamente em toda a cadeia de valor. Já percecionam o valor gerado pela capacidade de cruzar dados entre todos os intervenientes e elos da cadeia. E, começam a entender que partilhar dados e informação, entre agentes no mercado pode ter um retorno muito significativo para os seus negócios. Esta é já uma realidade para algumas organizações, e ainda uma utopia para outras, transforma-se num caderno de encargos com requisitos e necessidades que os fabricantes de software empresarial vão ter que responder de uma forma ágil, intuitiva e que promova a adoção de novas formas de trabalhar e cooperar. Há muitos desafios pelo caminho, desde logo a capacidade de integrar e cruzar dados de todas as siglas de software, de packages e de aplicações “espalhadas” pela organização, que contribuem, muitas vezes de forma desintegrada, criando assim silos, para a ambicionada digitalização de toda a cadeia de valor. Para isso, é determinante que as aplicações se abram à partilha e integração de dados de forma mais ágil e direta. O sonho de que um único fabricante poder responder a todos os elos da cadeia, há muito que foi desfeito. Mesmo as soluções especializadas estão a ser reinventadas, muito por culpa da disponibilidade e acesso a dados em diversidade e quantidade que com a incorporação de inteligência artificial e do machine learning entrega às organizações informação que antes não era possível e que agora lhes permite otimizar processos e aumentar receitas de forma ágil e proativa. Estamos a assistir, no mercado, a um conjunto de movimentações dos grandes players de aplicações nesta nova era de transformação digital. O mais interessante do movimento é que começa a ser em conjunto e em parceria. Por exemplo, ainda recentemente, em setembro, a SAP, Adobe e Microsoft juntaram-se para fundar uma iniciativa – Open Data Initiative (ODI) – que convida as organizações a trabalhar na redefinição do futuro dos dados e das experiências. Tem o propósito de terminar com os silos de informação nas organizações e ambiciona um modelo único, alimentado por um fluxo de dados contínuo do cliente, que permita, em tempo real, ter uma visão abrangente da jornada do cliente. A única certeza, é no número cada vez maior de transformações necessárias, em períodos de tempo cada vez mais curtos e a velocidades nunca antes vistas, para que os negócios se mantenham competitivos e rentáveis. Só vai sobreviver quem gerir os dados da sua organização como um verdadeiro ativo estratégico e escolher as ferramentas certas para extrair o máximo valor.
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