A democratização das TI é um dos principais, senão o principal, meio de desenvolvimento económico e social. E ainda bem que o são
E, por isso, as TI apresentam-se à sociedade e às organizações como algo natural, e do qual dependem para o cumprimentos com sucesso das suas tarefas diárias. Doutro modo, a instabilidade e a desorganização são totais. E é nesse objetivo quase absoluto que os CIO/ITManagers hoje se concentram, na tentativa de melhorar cada vez mais o serviço que prestam, de o tornarem o mais eficiente possível, na expetativa de que tudo funcione na perfeição, tal como na maioria das vezes acontece com a energia e a água que consumimos. Mas este desafio, que é naturalmente bem aceite pelas organizações e pelos utilizadores, e noutros casos muito desejado, lança um desafio a estes profissionais: qual o posicionamento e influência estratégica das TI nas organizações e no seu negócio?
Capacidade de inovar fica em causaO que hoje nos é dado como um bem absoluto em si mesmo – e o uso dos serviços de IT ganham cada vez mais esse estatuto – tendemos a desvalorizar, pela sua naturalidade, não reconhecendo o esforço e investimento despendidos. É neste contexto que a capacidade de os CIO/ IT Managers influenciarem o negócio corre o risco de se pode perder, e em si mesmo pode amputar o potencial de inovação das TI para o negócio e para as organizações. Segundo um estudo da Gartner, em 2030 os CIO deverão ter um papel maior na estratégia dos negócios e na liderança operacional, o que deverá mudar a relação dos CIO com os outros gestores, assumindo novas responsabilidades e desafios.
Ir mais alémComo se devem então munir os CIO/IT Managers, para que o seu compromisso seja mais do que garantir um serviço de excelência aos seus clientes/utilizadores, ou seguir os standards? As ferramentas e soluções existentes são, sem dúvida, uma ajuda para que normalmente se possa atingir e garantir os serviços suportados, com os padrões exigidos. Mas será na melhor adequação das mesmas e na garantia de um controlo total dos serviços prestados e ativos geridos que os CIO/IT Managers vão encontrar a disponibilidade para ir mais além? O “mais além” será ter a ambição de suportar e dinamizar as responsabilidades que estão atualmente no âmbito de outros gestores, passando a controlar uma grande parte do capital intelectual da empresa, que irá compreender processos cada vez mais ambiciosos e tecnológicos, robôs e máquinas inteligentes, bem como talentos digitais, tecnologia operacional, I&D e centros de inovação. Hoje, a economia digital já força o controlo de processos de negócios muito diferentes. Os CIO mais ambiciosos têm de liderar a reengenharia desses mesmos processos, com a tecnologia a permitir novas formas de trabalhar. No futuro os CIO deverão ter a capacidade de gerir uma mistura de pessoas e máquinas inteligentes que realizarão tarefas específicas, e esse desafio terá certamente de conter muito mais do que a disponibilização de uma commodity chamada IT. Branded Content
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