Da redução de custos à otimização de investimentos

Segundo a Gartner, 80% do orçamento de TI destina-se à gestão e manutenção das próprias TI. Mais do que reduzir custos, importa libertar recursos e criar valor

Da redução de custos à otimização de investimentos

Isto significa que só 20% são dedicados ao desenvolvimento de novas áreas de negócio, produtos e serviços. Em sistemas de informação, o software assume entre 20 e 30% do orçamento.

A Crayon, multinacional de origem norueguesa, dedica-se há 14 anos a auxiliar as empresas na otimização dos seus investimentos em sistemas de informação: de ativos de software e também de licenciamento na cloud, área onde assume o papel de um cloud broker, aconselhando quanto à definição de arquiteturas, de migrações e de consumos. “O nosso objetivo é ajudar as empresas a serem mais eficientes”, explica Artur Amaral, diretor-geral da Crayon Portugal. “Procuramos entregar um Software Asset Management as a service, um serviço gerido continuado que liberta os departamentos de TI da gestão de licenciamento e que, pela via da otimização, canaliza orçamento para atividades mais importantes para a criação de valor”.

Investir para reduzir

Todas as empresas têm a necessidade de reduzir custos e todas sentem dificuldade na operacionalização da gestão do software. No entanto, nem todas estão dispostas a realizar um investimento, a montante, que lhes permita alcançar este fim. “Este é o entrave inicial, os clientes acreditarem que vão de facto reduzir custos com o investimento nos nossos serviços”. O ponto de partida são projetos curtos, durante os quais a Crayon demonstra o valor que pode advir para o cliente. “Há um momento em que se justifica gastar um pouco mais no serviço de gestão, para que possa existir um ajustamento e a empresa possa ganhar mais por essa via”. Segundo Artur Amaral, a Crayon consegue por norma uma otimização “entre os 15 e 25%”, junto dos seus clientes, em relação ao software analisado. A gestão de ativos de software está presente em todo o ciclo de vida do software na organização. A racionalização acontece pela análise do licenciamento mais adequado às necessidades dos utilizadores e das empresa. Uma análise que acontece desde o momento de aquisição do software, que envolve uma periódica reavaliação da sua adequação às novas necessidades e formas de trabalhar e que se prolonga até à decisão do fim de vida do mesmo, por obsolescência ou por não se justificar a sua manutenção, Numa fase mais avançada de maturidade de gestão do software, as organizações podem optar por delegar na Crayon toda a gestão do ciclo de vida deste.

 

Gestão também na cloud

Os projetos que envolvem cloud têm sido cada vez mais frequentes para a Crayon, dado que o software começa a confundir-se com a cloud. “A própria otimização já envolve ambas as componentes”. As empresas questionam-se com frequência se continua a ser necessária a gestão de software à medida que ocorre uma migração para a cloud. “Na realidade, sim”, explica Artur Amaral. “Quando as empresas migram ambientes para a cloud não deixam de ter de gerir as suas licenças. Como nenhuma empresa migra todos os seus ambientes para a cloud, começam a existir cenários híbridos. Os próprios fabricantes estão a alterar os seus modelos de licenciamento, para permitirem funcionalidades que anteriormente não estavam disponíveis, como a possibilidade de existirem ambientes com uma componente on-premises e outra cloud, licenciados também de formas diferentes para proporcionar flexibilidade”. Isto significa, adicionalmente, maior complexidade na gestão do licenciamento, que ao ser delegada num service provider permite às empresas melhorarem os seus processos internos e serem mais dinâmicas na resposta aos desafios do mercado.

 

Pequenos passos

Como pode um CIO dar início a um processo desta natureza? “Deve tentar, primeiro, estar atento às áreas que possam ser potencialmente otimizadas. Depois, ter abertura para experimentar projetos pontuais, que envolvam por exemplo a migração de um ambiente não crítico para cloud”. Estes “pequenos passos” são determinantes, permitindo ao CIO verificar o impacto, operacional e financeiro, e adquirindo a experiência de que necessita para enveredar por projetos mais complexos.

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