“Tal como o petróleo, também os dados têm de ser refinados”

O Lagoas Park Hotel recebeu a segunda edição do i-Data Meeting, onde se discutiu o poder dos dados. Miguel de Castro Neto, subdiretor da Nova Information Management School, realizou a sessão de abertura

“Tal como o petróleo, também os dados têm de ser refinados”

Miguel de Castro Neto, subdiretor da Nova Information Management School (Nova IMS), teve o papel de abrir a segunda edição do i-Data Meeting, que se realizou no dia 08 de outubro no Lagoas Park Hotel.

Durante a apresentação, intitulada “Transformar dados em negócio, o subdiretor da Nova IMS começou por relembrar que os decisores precisam da informação certa, no momento certo, no local certo, uma vez que as organizações são, cada vez mais, data-driven.

“Hoje em dia, já não vivemos no paradigma em que íamos ao IT pedir relatórios”, explica Miguel de Castro Neto, que acrescenta que, atualmente, com o self-service BI, qualquer pessoa quer e pode criar os seus relatórios. Assim, há uma necessidade crescente de gerir dados, de criar insights e de democratizar o acesso a esta informação.

Desafios

Se é verdade que os dados são o petróleo do século XXI, também é verdade que, tal como o petróleo, também os dados têm de ser refinados. “A maior parte das vezes, temos muitos dados, mas muito pouca informação e muitos menos insights porque não somos capazes de fazer esse processo de criação de valor sobre os dados”, refere Miguel de Castro Neto. É preciso perceber, no entanto, que a informação depende do contexto, alterando-se de pessoa para pessoa dentro da mesma organização.

O Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD), segundo o subdiretor da Nova IMS, foi criado inicialmente para dar a oportunidade de nivelarmos o que se fazia com os dados fora da Europa com o que se fazia dentro do continente com esses mesmos dados, mas acabou por ser um travão à inovação. Segundo a experiência do docente, há empresas que se resguardam no RGPD para não partilharem dados com alunos de mestrado ou doutoramento que estão a tentar desenvolver um determinado modelo.

Um outro desafio, transversal a grande parte das áreas de sistemas de informação, é a retenção de talento. “Nós não precisamos só dos data scientists; também precisamos dos data engineers, que mantêm a infraestrutura a funcionar, mas depois existem os data analysts”, alerta Miguel de Castro Neto. A grande oportunidade do mercado está nas pessoas que conseguem perceber o negócio, as capacidades analíticas e quais são os melhores modelos que vão utilizar.

Futuro

Um dos principais temas da atualidade é a transformação digital. Por norma, o primeiro resultado que as empresas alcançam quando olham para este tema, é a transformação de processos para tirarem partido da tecnologia e dos dados com o objetivo de otimizarem esses processos.

“Na realidade, o que as organizações fazem é evoluir e tirar partido da transformação digital e vão otimizando processos com tecnologia cada vez mais sofisticada”, diz Miguel de Castro Neto.

De acordo com o subdiretor, o grande desafio futuro é “o quê”. “É nós pensarmos como é que, com a transformação digital e com as novas capacidades tecnológicas e analíticas que temos ao nosso dispor, podemos mudar completamente os nossos negócios, como é que podemos criar novos produtos e serviços que, muitas vezes, não antecipamos”, afirma.

 

A IT Insight é Media Partner do i-Data Meeting 2019.

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