Na edição deste ano do SAS Forum, que assinalou os 40 anos da empresa, a relevância das ferramentas de analítica para a evolução dos negócios esteve em destaque
"Analytics Everywhere" foi o tema eleito para o SAS Forum deste ano, que teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa. Numa mesa redonda moderada por Fernando Braz, diretor executivo da SAS Portugal, os líderes de algumas das maiores organizações de seis setores – energia, telco, segurador, banca, ensino e administração pública – refletiram sobre a relevância do analytics no atual contexto de digitalização dos negócios. João Leite, administrador do banco Santander Totta, admitiu que estas ferramentas são “um pilar na transformação da banca” e indissociáveis de uma estratégia de omnicalidade, por permitirem alterar a experiência do cliente. Alexandre Fonseca, administrador da Portugal Telecom, reforçou que nas telecomunicações “o analytics é complexo”, por este ser o setor onde existe maior recolha de informação. “O desafio é passar de Big Data para Big Transformation e posteriormente para Big Knowledge”, desferiu. A personalização de serviços e da oferta de conteúdos é uma das oportunidades trazidas pelo analytics que, apesar de ainda não estar a ser explorada pelas telco, “terá de acontecer”. Essa personalização também deverá estar no horizonte das seguradoras. Passar de um analytics descritivo para um analytics preditivo, para encontrar novos insights para o negócio, foi uma das evoluções apontadas por Rogério Campos Henriques. O administrador da Fidelidade realçou a sua importância para o assessment do risco e customização da oferta, e para a possibilidade de realizar previsões que “automatizem os processos de decisão”. Do lado das utilities, o desafio está no tratamento do elevado volume dos dados oriundos de contadores inteligentes, segundo José Ferrari Careto, administrador da EDP Soluções Comerciais. Na administração pública, a transparência que é exigida encontra no analytics uma resposta. Jaime Quesado, presidente da ESPAP, frisou que estas soluções “proporcionam pontos críticos de relacionamento do Estado com a informação”. O diretor da Nova IMS, Pedro Coelho, aproveitou a ocasião para salientar que a progressiva “sensorização do planeta e digitalização da experiência humana” trará uma nova exigência: analytics em tempo real.
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