Red Hat: “A cloud híbrida é uma jornada que já todas as organizações começaram”

Com o mote “Innovate Together: Solving IT Challenges”, a Red Hat e a Intel realizaram um evento em Lisboa para os seus clientes

Red Hat: “A cloud híbrida é uma jornada que já todas as organizações começaram”

O Centro Cultural de Belém, em Lisboa, recebeu o mais recente evento da Red Hat  e a Intel em Portugal. Com o objetivo de ‘inovar em conjunto’ e ‘resolver os desafios do IT’, a tecnológica reuniu os seus clientes e parceiros para um dia de troca de experiências e conhecimento.

Edgar Ivo, Sales Account Manager da Red Hat, foi o primeiro a subir ao palco deste evento e referiu que a velocidade com que a Inteligência Artificial (IA) entrou no mercado e com a qual é adotada pelos clientes é uma “fantástica” onde a Red Hat consegue dar resposta aos desafios das organizações.

Julia Bernal, Country Manager da Red Hat para Portugal e Espanha, referiu que, ao falar com CIO e CTO, percebe que todos eles estão a enfrentar uma grande dificuldade para endereçar a inovação rápida – que “é chave para todas as organizações” –, ganhar eficiência – porque “os orçamentos não estão a crescer” – e as várias regulações que as organizações têm de cumprir.

A cloud híbrida é uma jornada que já todas as organizações começaram”, diz Julia Bernal. No entanto, se não se criar uma plataforma robusta, as organizações ganham flexibilidade, mas também complexidade.  Assim, é preciso enfrentar esta jornada com soluções que possam dar flexibilidade, mas não aumentar a complexidade.

Sobre a IA, a Country Manager afirma que a Red Hat está a ver “uma forte aceleração”. Apesar da procura ser elevada, a maturidade não está a acompanhar essa aceleração. “Há vários desafios com IA. O custo é grande, principalmente se for necessário hardware específico; o custo pode ficar proibitivo”, afirma. A estratégia de inteligência artificial da Red Hat procura endereçar os vários desafios que existem com uma plataforma que permite correr machine learning em escala e criar modelos de IA personalizados para a organização.

A automação não é sobre um use case; é sobre automatizar em vários departamentos e ter uma estratégia para a organização”, refere Julia Bernal, acrescentando que é preciso “uma mudança cultural” para que esta mudança seja efetiva na organização. “Vemos isto a evoluir nos nossos clientes e, principalmente, com IA a dar força à automação”, diz.

Richard Chun, Tech Sales Leader Mediterranean Region da Red Hat, afirmou que “a disrupção está em todo o lado e é o novo normal da inovação constante”. Chun acrescentou que “as disrupções podem vir de qualquer direção”.

Citando Roy Amara, Richard Chun indicou que “temos a tendências de sobre estimar os efeitos da tecnologia a curto prazo”. A IA generativa, por exemplo, chegou a apenas dois anos. Mas estas disrupções trazem riscos – como por exemplo uma grande dependência da cloud.

A estratégia da Red Hat é “uma cloud híbrida aberta” que dá flexibilidade à organização, permite cumprir o compliance e as regulamentações existentes, otimizar os custos e, também, assegurar a continuidade do negócio. Esta estratégia começa com um sistema empresarial que conta, em cima desse sistema operativo, de uma plataforma de aplicações cloud-native e, também, uma camada de automação.

Myriam Fentanes, Principal Product Manager da Red Hat, abordou os desafios e as oportunidades da inteligência artificial. Relembrando que os gastos em IA generativa têm vindo a crescer nos últimos cinco anos, os modelos abertos é a tendência do mundo da inteligência artificial. “Os modelos open source de IA estão a apanhar os modelos proprietários”, afirma.

Capturar o valor da IA generativa pode não ser viável, uma vez que 30% dos projetos de IA generativa acabou por falhar devido à complexidade em várias áreas, nomeadamente nos dados utilizados.

Fentanes explica que a Red Hat defende que as organizações devem utilizar modelos-base de confiança, alinhar o modelo aos seus dados e aos seus casos de uso e implementar e escalar em cloud híbrida. “Menos de 1% de todos os dados empresariais estão representados nos modelos fundacionais”, explica, especificando que os LLM são treinados com grandes quantidades de dados público, não com dados empresariais privados.

Uma das metodologias da Red Hat, apontada por Myriam Fentanes, é o InstructLab que reduz a complexidade de modelos personalizados com dados empresariais privados a uma fração do custo. 

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