Desmitificar a transformação digital e apontar os caminhos estratégicos que as empresas devem perseguir nos próximos anos foi o mote das Sage Sessions 2018, que receberam no Centro de congressos de Lisboa cerca de 900 pessoas, entre clientes e parceiros da empresa de software
O ecossistema tecnológico está em constante mudança e, para estarem à altura dos desafios que a tecnologia está a trazer para o panorama organizacional, as empresas têm de adotar estratégias que as ajudem a companhar o ritmo da tecnologia, caso contrário não conseguirão sobreviver. Para Josep Maria Raventós, country manager da Sage Portugal, é fundamental que as empresas tenham "uma ideia de onde querem chegar" e que estabeleçam um plano estratégico "a médio e longo prazo" para serem bem-sucedidas. Durante o evento, o country manager da Sage Portugal reforçou ainda que é fundamental que as empresas coloquem desafios a si mesmas e saiam "da sua zona de conforto", de modo a conseguirem ser inovadoras e singrar na transformação digital, que apesar de envolver tecnologia, depende de forma quase exclusiva da cultura empresarial. Ljubomir Stanisic, chef e gestor do restaurante 100 Maneiras, marcou presença nas Sage Sessions e reforçou esta mensagem. De acordo com o chef, cujo percurso porofissional de mais de uma década não foi pautado apenas pelo sucesso, se uma empresa quer ter sucesso no mercado tem de, em primeiro lugar, possuir um pensamento estratégico, mas acima de tudo não ter medo de arriscar. Em Portugal, porém, "as empresas [ainda] têm medo de arriscar", comentou Carla Pereira, vice-presidente da ACEPI, num painel de debate dedicado aos desafios da transformação digital das empresas em Portugal. Como consequência, ainda se assiste a um fraco investimento, por parte das empresas, no marketing digital, sendo que, de acordo com os dados da ACEPI, apenas 60% têm presença online, apesar deste número estar a decrescer. O painel de discussão contou também com os insights de Sérgio Gonçalves, partner da Live Content; Ricardo Nunes, co-fundador da empresa O Benefício; Pedro Magalhães, diretor do departamento de Relações Internacionais da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa; e de André Pinto, administrador da MecWide. Sobre o que está a impedir as empresas de arriscar, a opinião dos participantes foi unânime: falta de recursos. Contudo, apesar de o inesvtimento na presença online ser necessário, a prioridade das empresas deve centrar-se na diferenciação da sua proposta de valor. |