Pela primeira vez, o Lisbon Data & AI Forum teve lugar em dois dias distintos, devido à adesão e relevância dos temas – a Noesis e a Qlik convidaram várias organizações e especialistas para debater os temas mais relevantes relacionados com dados e com inteligência artificial. Os conteúdos podem ser assistidos on-demand no site do evento
A Noesis e a Qlik voltaram a realizar o Lisbon Data & AI Forum. Ainda totalmente virtual, mas desta vez num evento de dois dias – 27 e 28 de outubro –, as duas empresas juntaram várias organizações para debaterem como é que os dados e a Inteligência Artificial (IA) estão a ajudar as empresas nacionais no seu quotidiano. Ricardo Rocha, Marketing & Communication Director na Noesis, refere que há cinco anos, aquando da primeira edição, a Noesis quis criar um fórum de discussão e partilha sobre o tema de dados que “já começavam a ser relevantes” e que, hoje, “são absolutamente centrais na transformação ou aceleração digital”. Fran Rodriguez, Territory Sales Manager para Portugal e Espanha na Qlik, indica que, para a empresa, este é “o evento mais importante do ano em Portugal”. Ao mesmo tempo, salienta que os participantes podem ver “diferentes casos de uso, o que estão a fazer outros clientes, partilhar conhecimentos e aquilo que estamos a fazer dentro do país”. O objetivo – que, segundo Fran Rodriguez, já está a ser cumprido – é que este seja um evento de referência para o que é análise e integração de dados. Para além dos especialistas da Noesis e da Qlik, o evento também contou com representantes da Credibom, da DSPA, da eBUPI, da EDP Comercial, da E-Redes, da IDC, da Mota-Engil, da Novartis, da Protegrity, do Super Bock Group e da Unilever FIMA. Data LiteracyUm dos primeiros temas abordados no evento foi a data literacy e a sua importância para o negócio. Luís Gonçalves, Data Analytics & AI Director na Noesis, explicou que existe todo o tipo de colaboradores – desde os mais jovens aos que já estão há muitos anos nas organizações – e é preciso ter uma cultura de dados. “A data literacy vem tentar envolver o maior número de pessoas na tomada de decisão e na capacidade de analisar a informação e, com isso, fazer algum leverage sobre os investimentos que se fazem hoje na recolha de informação”, diz Luís Gonçalves, acrescentando que é um tema “essencial e crítico para o sucesso das empresas”. Para implementar esta e outras estratégias de dados, as organizações devem pensar desde o topo. “Já se está a fazer muito trabalho na parte da recolha, armazenamento e transformação da informação, mas vai ser necessário dar a capacidade de acesso à informação às pessoas e de quebrar os silos. Só com isso é que vamos descobrir mais coisas, conhecer melhor os nossos clientes e ser mais competitivos”, afirma o Data Analytics & AI Director na Noesis. Integração de dadosNuno Abreu, Head Of Information Technology na Unilever FIMA, e Pedro Tavares, General Coordinator na eBUPi, participaram numa mesa-redonda intitulada “Role of Data Integration in Data Analytics” onde abordaram a importância que os dados têm para as atividades diárias das organizações. Pedro Tavares explicou que, para aquilo que é a atividade da eBUPI, os dados “são o ponto e a atividade central de tudo o que fazemos. Sem dados, não podemos conhecer o que é o território. O objetivo é perceber de quem é e onde se localiza a propriedade; para isso, precisamos de informação georreferenciada, que é um ponto muito importante. Os dados são muito importantes e combinamos as informações que os próprios cidadãos nos dão com o que nós, enquanto administração pública, temos. Toda esta informação ajuda-nos a trabalhar este território e acelerar o processo de conhecimento do que é a propriedade”. Por sua vez, Nuno Abreu indicou que, embora se possa valorizar a experiência dos utilizadores e a intuição, a verdade é que a integração dos dados e da analítica – e o conhecimento que isso traz – conduzem a uma verdade mais factual e concreta. “Se tivermos a combinar informação de vendas com a nossa informação de vendas dos nossos clientes ao mercado, temos a perspetiva daquilo que estamos a vender, mas também daquilo que está a ser consumido. Se ainda combinarmos a informação socioeconómica e até de condições climatéricas, vamos ter a perceção se há, ou não, influência destas variáveis na performance do negócio”, acrescenta. Process OptimizationUma das mesas redondas do Lisbon Data & AI Forum abordou o tópico do futuro do process optimization e onde os representantes do Banco Credibom, da E-Redes, da EDP Comercial e da Mota Engil partilharam as suas experiências sobre o tema. Hugo Pontes, Head of Digitalization and Transformation no Banco Credibom, explicou que os processos de otimização de dados ajudaram a organização “a ter uma visão sobre os dados de negócio muito maior. Já trabalhamos há algum tempo com modulação de dados, faz parte da nossa estratégia ser uma data-driven company e, com isso, temos vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas internas para que os dados façam, efetivamente, parte da nossa organização e haja uma melhor utilização dos dados”. Já Ricardo Henriques, Business Enablement & Transformation Lead na EDP Comercial, referiu que a empresa “uniu o mundo do process mining e do process automation e têm sido caminhos que fazemos lado a lado na otimização de processos e da analítica em si. Demos este poder de tecnologia aos nossos próprios utilizadores de negócio e são eles os atores do dia a dia que estão a tirar partido tanto da tecnologia de process mining, como da parte da automação de processos”. Perspetivar 2022Ricardo Rocha indica, ainda, que o Lisbon Data & AI Forum vai voltar em 2022, mas, tendo em conta que “ainda estamos muito longe do evento”, ainda não é certo os moldes finais; no entanto, “arriscaria que 2022 será um evento físico com uma componente digital forte”. De qualquer maneira, o evento do próximo ano vai procurar trazer novamente os temas mais relevantes de dados, analítica e IA para cima da mesa, onde vários especialistas e organizações vão dar o seu contributo para acelerar a transformação digital das empresas.
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