Latourrette Consulting e a Virtual Educa discutem o futuro do trabalho

A Latourrette Consulting e a Virtual Educa organizaram um evento, intitulado de “Desrobotização: mais humanos em tempos de digitalização”, onde abordaram o futuro do trabalho numa altura marcada pela aposta cada vez maior em processos de automatização

Latourrette Consulting e a Virtual Educa discutem o futuro do trabalho

“Desrobotização: mais humanos em tempos de digitalização” foi o tema do evento organizado pela Latourrette Consulting e pela Virtual Educa, onde representantes de diversas empresas, universidades e instituições, juntamente com especialistas em transformação digital, discutiram o futuro do trabalho e a importância dos fatores humanos numa época marcada pela aposta na inteligência artificial, automação e robótica.

Norma Rodrigues, Diretora-geral da AIP, acredita que a robótica e a digitalização já eram desafios pré-COVID. “A pandemia veio evidenciar aspetos de força e fragilidade dos países, das instituições e das empresas, fazendo emergir novos modelos de negócio, novas cadeias de valor internacionais e um reposicionamento geopolítico diferente, tornando ainda mais acutilante a discussão sobre esta temática”, explica.

A grande maioria das organizações a nível mundial foram obrigadas a abraçar o teletrabalho e viram emergir interações virtuais, criando a consciência da necessidade de uma reflexão sobre o futuro das organizações e da forma de trabalhar.

As empresas foram obrigadas a repensar as suas estratégias, incorporando as mudanças de contexto que são fundamentais para estabelecer linhas de ação geradoras de resultados económicos e financeiros positivos, não esquecendo as dimensões sociais”, afirma Norma Rodrigues, que acredita, ainda, que “muitas empresas se têm decidido por modelos de trabalho híbridos. Estes modelos que vão exigir novos perfis e novas competências ao nível da liderança, onde os líderes terão de ser capazes de implementar uma nova cultura organizacional e ao nível dos trabalhadores que devem ter capacidades como o manuseamento da videoconferência e soft skills que se tornaram cada vez mais relevantes”.

Os especialistas concordam que muitos novos empregos vão surgir e que as tarefas rotineiras serão gradualmente assumidas por máquinas, deixando as tarefas mais complicadas para os humanos, deixando-os assim livres para competências interpessoais e outras que não estão ao alcance da digitalização. No futuro, as competências interpessoais serão a grande vantagem competitiva das pessoas em relação aos robôs.

A Quarta Revolução Industrial fez com que as empresas repensassem a forma de trabalhar, deixando de lado processos repetitivos e automáticos, apostando cada vez mais em tarefas que exijam capacidades humanas como inteligência emocional, resolução de problemas, pensamento crítico, tomada de decisão, criatividade, orientação de serviço, sociabilidade, competências de negociação, colaboração e flexibilidade.

Carlos Latourrette, CEO da Latourrette Consulting e da Bizdocs, abordou, ainda, da necessidade da transformação das empresas, a par daquilo que são os vetores de mudança da administração pública: a digitalização e a capacitação das pessoas. "Estamos a contribuir de uma forma muito relevante para que se diminuía a desigualdade gritante entre a capacidade de inovação das grandes empresas e das PME. Todos sabemos que este tema da desigualdade é um fator de atraso no desenvolvimento económico de qualquer pais e economia", conclui.

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