A edição deste ano do IDC Directions levou até ao Centro de Congressos do Estoril o tema “Digital Transformation at Scale: Innovation in a Changed World”. Liderança digital, experiência do cliente e valor dos dados estiveram em destaque
O IDC Directions, que este ano recebeu mais de 1300 decisores, centrou-se no tema que está na ordem do dia: a transformação digital. Philip Carter, chief analyst and vice president da IDC EMEA, keynote speaker, abriu o evento e ditou o tom, alertando para a importância de monetizar a transformação digital e de não temer a sua disrupção. Um estudo da IDC concluiu que 20% das empresas europeias são digital resisters e que, por isso, estão em risco de não sobreviver. Por outro lado, só 5% são digital disruptors. Carter falou nos novos KPIs para uma organização digital: liderança digital (segundo a IDC, 33% dos CEOs terão experiência em liderança tecnológica); omniexperiência digital; informação digital; modelo de operação digital (40% dos processos são self-healing) e força de trabalho digital. Sobre este tema, deu o exemplo da Adidas, que nomeou há poucas semanas um novo CEO, Kasper Rorsted, com cartas dada no setor das TI e que terá a missão de implementar uma estratégia digital para a marca, que permanece atrás do seu principal concorrente, a Nike, precisamente por estar atrasada digitalmente. O analista destacou ainda que quando o assunto é inovar digitalmente “todas as empresas são empresas de software” – as organizações que procurem a transformação digital duplicarão as suas capacidades de software development até 2018. No centro da inovação estão o código e os dados, a par das plataformas de cloud industriais, críticas para que as empresas distribuam as suas inovações. Estas plataformas são desenvolvidas por empresas de um determinado vertical – o caso da indústria automóvel é um dos mais notórios – e incluem informação, recursos e capacidades pré-integradas, elásticas e escaláveis, entregues como um serviço e que se adequam às exigências e níveis de segurança de uma dada indústria. A IDC prevê que metade das organizações criem estas plataformas ou a elas se associem.
CIO e CDO, que papel?Sobre o papel do IT, apontou que este tem sobretudo de focar-se nos resultados do negócio dado que os business executives esperam destes profissionais inovação e a capacidade de encontrar novas e disruptivas tecnologias. O analista falou na ascensão do Chief Digital Officer (CDO), cargo que em Portugal e Espanha está a ser cada vez mais adotado pelas empresas. Hierarquicamente, o CDO posiciona-se abaixo do CIO, que continua a ser visto como “crítico” para a transformação digital. Ainda assim, apontou que o IT “tem sentido dificuldades com a monetização da transformação digital”.
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