O Centro de Congressos do Estoril voltou a receber o IDC Directions – que já vai na 25.ª edição – depois de dois anos em que se realizou de forma remota e híbrida
O IDC Directions está de volta. Depois de dois anos em que o evento teve de procurar novos formatos por força da pandemia – em 2020 foi totalmente digital e em 2021 em formato híbrido – o Centro de Congressos do Estoril voltou a receber aquele que é o principal evento de transformação digital e IT em Portugal. Gabriel Coimbra, Group Vice President and Country Manager da IDC, começou por recordar os últimos 25 anos de IDC Directions e de como o evento contou com vários participantes de inúmeras entidades que, ao longo dos anos, partilharam a sua experiência com mais de 20 mil participantes. Mas mais do que olhar para o passado, importa olhar para o futuro. É isso que a IDC tem feito ao longo da sua história; traçar o caminho para o futuro e ajudar os decisores das organizações a melhorar as suas estratégias de negócio baseadas em tecnologia. Bruno Horta Soares, Executive Senior Advisor da IDC, relembra que a IDC não prevê o futuro; os analistas da IDC em todo o mundo falam com quem decide e percebem qual é o caminho que o mercado está a tomar para os próximos anos. O Executive Senior Advisor da IDC afirma que, hoje, o IT é “o backbone e o sistema operativo das organizações”. As organizações de IT têm de se reinventar para se adaptarem e se alinharem com os requisitos do futuro emergente das organizações onde o “IT é o negócio” e onde o “IT é o futuro da organização”. No fundo, o IT já não é uma organização; “é o backbone organizacional e o sistema operativo das organizações e dos seus ecossistemas”. O pulso do mercadoBruno Horta Soares e Gabriel Coimbra apresentaram as conclusões de um estudo mundial, com executivos de todo o mundo, incluindo Portugal. No nosso país, os inquiridos afirmam que gerar confiança com os clientes é o futuro do negócio, seguido da fiabilidade dos serviços e experiências digitais (ou infraestrutura) e a criação de empatia com os clientes em escala. Em termos de risco, a principal preocupação dos inquiridos é o shortage de talento com as competências necessárias, seguido dos riscos relacionados com as novas regulações no tema de cibersegurança. O setor da banca e dos seguros, por exemplo, estão “em pânico” com estes dois riscos, com 82% dos inquiridos deste setor a recear a falta de talento e 75% a regulação de cibersegurança. Falando dos novos modelos de negócio, o as-a-Service é a principal prioridade em todas as indústrias analisadas por este estudo, com 60% dos inquiridos a escolher esta prioridade. A receita em perpetuidade pode tornar mais fácil o planeamento de custos, tanto do lado do cliente como da perspetiva de negócio e, habitualmente, reduz a necessidade de readquirir clientes com uma nova compra. Os inquiridos de várias indústrias (56%) acreditam que a automação e que a tecnologia vai suportar esta realidade. Em Portugal, por outro lado, utilizar a tecnologia para atividades de geração de receita não é uma prioridade para os decisores. “Compromisso é uma ação, não uma palavra”, afirma a IDC. Segundo o inquérito, mais de metade dos inquiridos em Portugal acreditam que os gastos com tecnologia vão crescer mais de 10% este ano, com 17% dos participantes a afirmar que vão gastar mais de 20%. O papel do CIO não terminou. Uma grande parte dos inquiridos olha hoje para o CIO como alguém responsável por modernizar o IT para alinhar o negócio e permitir melhores resultados. Ao mesmo tempo, os próximos anos serão desafiantes para os CIO, existindo uma expectativa generalizada de que o cargo vai evoluir para a liderança da transformação digital com um forte foco em entregar novos modelos de receita e de orquestrar a transformação digital para melhor agilidade empresarial. |