IDC Directions 2015: transformar, inovar, formar

O IT é hoje parte do negócio e deve por isso estar ao seu lado para acelerar a transformação das empresas, que devem respirar inovação e apostar fortemente na formação de recursos humanos. Estas foram as três principais mensagens da edição deste ano do IDC Directions 2015, focado na transição para a 3ª Plataforma, e que foi um sucesso em termos de adesão, com 1200 profissionais presentes.

IDC Directions 2015: transformar, inovar, formar

Uber, Airbnb, Netflix. Nomes que todos conhecemos e sinónimo de negócios ágeis e bem-sucedidos que nasceram na 3ª Plataforma, ou seja, na Cloud, na mobilidade e com a flexibilidade e escalabilidade necessárias para dar respostar permanente às necessidades dos consumidores e, sobretudo, empenhadas em potenciar ao máximo a sua experiência. Empresas que simbolizam o caminho a seguir por todas as que pretendem manter-se relevantes: a digitalização.

No discurso de inauguração do IDC Directions 2015, Gabriel Coimbra, country manager da IDC em Portugal, revelou algumas conclusões do estudo IDC Portugal Tech Insights 2020, a ser divulgado no final deste ano, e indicou que os investimentos em tecnologia Cloud representarão em torno de 40% de todos os orçamentos dedicados às TI.

A Cloud foi apontada como o vetor da transformação das empresas porque, como sublinhou João Ricardo Moreira, administrador da NOS, “satisfaz todas as necessidades” do CIO, entregando-lhe as ferramentas que este necessita de disponibilizar internamente aos outros departamentos e, assim, agilizar os negócios. Neste campo, a Cloud híbrida foi frequentemente apontada como o caminho a seguir. Alexandre Santos, business manager da Intel Portugal, revelou que 50% das empresas mundiais terão esta arquitetura em 2017. 

IDC Directions 2015, um sucesso absoluto de assistência

Este caminho de transformação passa ainda por uma convergência entre o IT e o negócio, com o CIO a ter que liderar esta proximidade e o próprio negócio, opinião defendida com maior ênfase por Bruno Morais, sales diretor da Oracle.

A tecnologia como centro do negócio foi ainda apontada por Carlos Leite, Enterprise Group Country Manager da HP Portugal, que foi mais peremptório: “A tecnolgia é a chave da sobrevivência do negócio. As empresas que não encontrarem um modelo de TI adequado desaparecerão”. O responsável mencionou ainda a importância de se criar “um ecossistema de parceiros que potencie mais os negócios”.

Para que a tecnologia faça realmente a diferença, tem que ser suportada por recursos humanos especializados. Este foi o tema da palestra mais politicamente incorreta deste Directions, da autoria do Prof. José Tribolet, que alertou para a necessidade emergente das próprias empresas apostarem na qualificação de pessoas e até na sua reconversão, sobretudo na área da segurança, onde disse existirem soluções, mas não profissionais. “As estimativas são assustadoras: não há pessoas a enveredar pelas TI. E as empresas têm que contribuir para a formação. O problema, em Portugal, não é a falta de dinheiro. É a falta de recursos humanos. E o setor tem de se unir para formar profissionais”.  

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