O fabricante de software PHC estudou 200 empresas de metalomecânica portuguesas e concluiu que 98% já utilizam software de gestão. Concluiu ainda que a utilização software específico de gestão de produção traz benefícios reconhecidos pelo setor. Para apresentar o estudo, a PHC organizou o Manufactor Day. O evento decorreu no dia 13 de outubro, em Espinho.
O Centro Multimeios de Espinho recebeu cerca de 150 parceiros e potenciais clientes da PHC no Manufactor Day. O evento foi pontuado com a demonstração do PHC CS Manufactor, a apresentação de casos de estudo de clientes PHC e a presença do Diretor de Inovação Disruptiva da Sumol+Compal, João Castro, como Keynote Speaker. O ponto alto do certame foi a apresentação das conclusões de um estudo sobre a utilização de software em empresas do tecido industrial e produtivo. “O objetivo da PHC com este estudo foi perceber, em empresas clientes e não clientes, que tipo de soluções de gestão utilizam e como essas soluções ajudam naquilo que é mais crítico na sua atividade”, adiantou Céu Mendonça, Sales Director da PHC, em entrevista ao IT Channel. Os dados recolhidos demonstram que 98% das empresas analisadas utilizam algum tipo de software de gestão e cerca de 52% destas mesmas empresas do setor metalomecânico usam software de gestão industrial específico para a produção. O estudo aponta ainda vantagens na utilização de soluções de gestão de produção em comparação com a utilização de soluções de gestão “generalistas”. “Percebemos que, de facto, o software de gestão de produção melhora a produtividade, ajuda a controlar melhor os prazos de entrega de produto e torna processos como o controlo e análise de stocks mais eficazes. Particularmente o software PHC CS Manufactor, obteve resultados superiores, no que toca ao índice de satisfação sobre a facilidade com que as empresas alteram o seu plano de produção e sobre a facilidade com que as empresas conseguem obter dados”, afirmou Céu Mendoça. Note-se que 61% das empresas inquiridas que possuem um software de gestão de produção conseguem completar entregas no prazo pedido pelo cliente, enquanto que 58% de empresas cumprem o parâmetro, quando apenas possuem um software de gestão. Já em relação à eficiência dos equipamentos, entre as empresas que optam por soluções de gestão gerais, apenas 1% conseguem atingir valores médios de Índice de Eficiência geral de Equipamentos em intervalos entre os 91% e os 100%, valor que sobre para 4,3% nas empresas que utilizam software de gestão de produção. “As empresas devem perceber que, de facto, a utilização de software de gestão é uma ajuda, e se for específico para a sua atividade mais ainda! Ficamos contentes por saber que os nossos utilizadores têm resultados interessantes e que os dados justificam a utilização deste tipo de ferramentas no dia-a-dia”, conclui a Sales Director da PHC. “Qualquer pessoa pode inovar: pensar em formas de melhorar o seu processo de trabalho”. João Castro é Diretor de Inovação Disruptiva da Sumol+Compal, já passou pela Cisco, pela Sonae e pela Metro do Porto, e completou doutoramento em Engineering System, no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Segundo o próprio, a sua presença no evento Manufactor Day teve como objetivo partilhar experiências e inspirar. Perante uma plateia atenta, João Castro elencou os fatores essenciais para inovar: ser tolerante à experiência, incentivar uma cultura de inovação e procurar inspiração fora do setor de atividade da empresa – como fez a Sumol+Compal quando o contratou. Quanto ao primeiro tópico, destacou que “para inovar é necessário ser flexível e aceitar que o falhanço pode acontecer”. “Quem não arrisca não erra nem acerta”, adverte. Segundo o especialista, a tolerância é também necessária no sentido contrário, para “ampliar a importância de um produto bem-sucedido no portefólio da empresa, quando este se torna uma agradável surpresa de mercado”. Em relação à cultura de inovação referiu que “a inovação não está só em 3 ou 4 pessoas do departamento de marketing, mas em toda a cadeia de valor do produto”. “A Sumol+Compal tem, potencialmente, 1300 inovadores. Para fomentar esta cultura definimos um tempo e um local para inovação – uma sala com quadros brancos, secretárias, sofás, e também café e comida gratuitos –, e criamos eventos em que se partilham ideias e exemplos inspiradores”, contou. O orador terminou a sua intervenção realçando que a “inovação pode partir de qualquer pessoa que consiga olhar para o que está a fazer e perceber como melhorar o processo de trabalho”. |