Começou esta terça-feira em Madrid o Digital Enterprise Show (DES), na Ifema, evento que pretende ser o ponto de encontro dos decisores empresariais europeus para transformação digital dos negócios
Lluis Altés, Strategy Director do DES, inaugurou a primeira sessão do Masterminds Congress na manhã de terça-feira, dia 24, dizendo que as “organizações privadas e públicas enfrentam hoje a necessidade de aprofundar a Transformação Digital como forma de servir eficientemente clientes e cidadãos. Empresas com história que foram até hoje bem sucedidas , podem não ter o futuro garantido senão tomarem as decisões certas na sua digitalização, e isso não é só um assunto de tecnologia, é também um assunto de governança das organizações”.
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Mais de 100 sessões e workshops estão a decorrer nos 3 dias do DES A transformação digital está a abalar, desde as suas fundações, muitas empresas e organizações. Num processo que é definido por todos como tendo um crescimento algorítmico, o papel dos decisores de IT deverá ser hoje fundamentalmente de co-liderança desta transformação. “ O IT não é um departamento, é um ativo da organização” . É assim que o Rüdiger Schmidt, CIO de uma das principais instituições financeiras espanholas, vê o seu papel e o das suas equipas na transformação digital do banco. Essa é um visão comum, também para CEOs , presidentes e chairmans das maiores empresas espanholas. Num painel designado de "Economic Outlook and Digital Agenda", seis líderes das maiores empresas de Espanha, como a Telefónica, a TVE ou a Iberia, demonstraram compartilhar uma visão com pontos similares sobre a disrupção que está a ser criada: “A digitalização não é uma moda, a moda é só um acelerador de algo muito mais importante, uma vaga de fundo da forma como nós humanos nos vamos relacionar e trabalhar, mas isso só vai ser bem-sucedido se conseguirmos retirar a frieza das máquinas e colocar as pessoas primeiro” afirmou Elena Ruiz, presidente da Hispasat, que adiantou: “A digitalização é uma alteração de paradigma. Não só estamos a mudar a forma como nos relacionamos com os clientes, mas estamos a mudar a maneira de fazer os negócios. Quanto mais depressa nos adaptarmos a esta forma de todas as relações empresariais serem em rede, mais depressa podemos agarrar as oportunidades da digitalização e fugir das suas ameaças”. Os processos de transformação colocam uma pressão grande sobre a urgência das decisões ao nível das administrações. Para Ana María Llopis, a pioneira da banca online em Espanha, “a caraterística principal da transformação digital é a velocidade para mim o fundamental é o facto de estarmos a entrar agora numa evolução exponencial. São as organizações com capacidade de evolução exponencial que vão sobreviver". E deixou um aviso: “Os conselhos de administração devem a incorporar dentro deles executivos com experiência em tecnologia para que a transformação digital possa acelerar nas suas organizações.” Um testemunho de uma empresa com um modelo tradicional que poderia estar ameaçado foi dado pelo presidente da TVE , a televisão pública espanhola. “A digitalização fez com que uma monopolista TVE tenha agora concorrência vinda de todas as frentes digitais, uma fragmentação onde se acaba por perder um sentido de união e uma linha condutora social comum a um povo”. Para responder a esta ameaça e manter a relevância dos canais de broadcast públicos, a TVE, disse, está “ a converter-se num distribuidor de conteúdos multi-plataforma para toda a comunidade. (...) É um processo que proporcionará a cada cliente uma experiência personalizada, para a qual os processos de produção linear já não nos servem, nem mesmo os processos organizacionais do passado. Precisamos de ser mais horizontais, menos hierarquizados e mais neuronais". Um evento 360ºEsta sessão de abertura do Masterminds Congress é parte de um conjunto alargado de conteúdos que terá, ao longo dos três dias do DES, mais de 100 sessões e workshops em 4 áreas principais:
Microsoft, IBM AWS, Oracle Huawei, EMC entre outros fabricantes, terão durante o evento várias iniciativas e sessões satélite. Fujitsu World TourNa área de exposição, que ocupa todo o pavilhão 8 do recinto, mais de 30 das mais importantes empresas de TIC a nível mundial expõem as suas soluções, com especial destaque para a Fujitsu, que fez coincidir aqui a edição ibérica do seu World Tour sob o tema Human Centric Innovation. De entre as diversas soluções apresentadas, destaque para a aplicação de realidade aumentada industrial com o Ecrã Acoplável ao Capacete da Fujitsu. O Fujitsu World Tour funciona também como um fórum que pretende discutir objetivos de negócio, debater o equilíbrio entre os requisitos da transformação digital e os desafios das TIC quotidianos. O objetivo da Fujitsu é demonstrar como, em conjunto com os seus clientes e parceiros, consegue alavancar o poder da inovação centrada no ser humano para mudar a forma como as pessoas trabalham, pensam e colaboram. Através de uma série de conversas com especialistas, breakout sessions e showcases tecnológicos, a empresa demonstra novas formas de usar as TIC que pretendem produzir vantagens para as empresas e para a sociedade como um todo. "A Fujitsu decidiu este ano integrar o Fujitsu World Tour de Madrid no Digital Enterprise Show, por forma a demonstrar a liderança da companhia na Transformação Digital e de que forma os seus clientes estão já a integrar com sucesso essa mudança nas suas organizações. Iremos apresentar a maior área de exposição do Digital Enterprise Show, com mais de 500 metros quadrados, onde os visitantes poderão conhecer as mais recentes inovações dos Fujitsu Laboratories, bem como soluções de cibersegurança, a Internet das Coisas, Datacenters, Local de Trabalho do Futuro e TIs híbridas, para os sectores da indústria, retalho, banca, saúde, justiça e sector público", refere Susana Soares, diretora de marketing da Fujitsu. Abertura do Fujitsu World Tour 2016 no DES Madrid |