Um ecossistema de dados deve ser entendido e colocado ao serviço das empresas e convertido na expansão e bons resultados de um negócio
O i-Data Meeting ocorreu pela primeira vez de forma completamente digital. O primeiro dos três dias de conferências contou com diversos oradores que contaram na primeira pessoa a sua experiência com dados, partilhando também conhecimentos e boas práticas, num cenário de produção e utilização de dados. O ambiente digital sustenta a rede entre pessoas, empresas, consumidores e mercados. Um ecossistema de dados deve ser entendido e colocado ao serviço das empresas e convertido na expansão e bons resultados de um negócio. Flávio Guerreiro é Country Manager da LPR, uma empresa no setor da logística de embalagens, e mostra como é importante colocar a captação e análise de dados ao serviço de toda a empresa. A LPR conta com 2.600 pontos de recolha e 335 clientes que movimentam 17 milhões de paletes por ano. Dada a dimensão do negócio, quiserem otimizar a sua rede logística nos centros opostos de pais e encontrar uma localização para um armazém que otimizasse as distâncias dos pontos de entrega e recolha, assegurando o nível de serviço e reduzindo os custos logísticos de transporte e armazenagem. “Muitas das vezes a empresa tem a informação, mas não as ferramentas necessárias para trabalhar essa informação. Na LPR temos uma base de dados, mas não temos a capacidade de trabalhar os dados em detalhe”, explica Flávio Guerreiro. Uma parceria com uma empresa especializada em dados pode muitas das vezes captar e analisar toda a informação disponível em sistema e neste caso, começar a fazer o mapeamento dos custos “Percebemos que o grande peso dos nossos clientes, o que nada tem a ver com a quantidade ou dimensão se encontrava no Norte do país. Graças aos dados conseguimos não só melhorar os nossos indicadores, bem como melhorar a nossa rentabilidade”, garante o Country Manager da LPR. Na perspetiva de Cândido Martins, Executive and Innovation Manager da Cachapuz, a revolução industrial tem como base a digitalização das empresas. o que também tem um grande impacto nos negócios das empresas. “A pandemia veio acelerar a digitalização e conectividade das empresas através de alterações que se traduzem em tendências tecnológicas como os pagamentos digitais ou o trabalho remoto”, afirma. A Cachapuz apresenta soluções logísticas inteligentes que assentam sobre uma plataforma de software e automação. Uma solução que monitoriza todos os passos da operação do desempenho da própria fabrica e que aposta na integração, uma vez que pretende ser uma solução vertical às unidades industriais e fornece um conjunto de ferramentas de análises operacionais. Esta solução tem como base quatro vetores: o tempo, o custo, a automatização dos serviço e a segurança. “Trabalhamos no sentido da conetividade e da partilha de dados entre todos os intervenientes da cadeia de abastecimento”, afirma Cândido Martins. Para que os desafios de logística sejam bem sucedidos, a Cachapuz acredita que é importante fazer uma recolha de dados, armazená-los em plataformas cloud, distribuí-los e conceder acesso aos diferentes intervenientes. “A nossa visão passa por recentrar toda a operação na fábrica visto que estamos a digitalizar unidades indústrias, utilizando tecnologias como o IoT, Big Data ou AI, de forma a criar uma cadeia logística resiliente. Trabalhamos para que os dados que são disponibilizados possam ser analisados de uma forma corporativa e agregada”, garante. Já numa perspetiva uma pouco diferente, Miguel Serrano, responsável pela engenharia de dados da Dott, explica que “o nosso ecossistema de dados é algo complexo”. Tendo pouco mais de um ano de existência, a Dott ainda é uma start-up, o que faz com que tenham de alavancar serviços fornecidos por terceiros e acabem por ter dados espalhados por diversos fornecedores. “Um desafio que tentamos solucionar através do uso de uma framework de gestão de workflows: a Workflow”, explica Miguel Serrano. |