As duas potências comerciais avançaram as discussões do fórum em território americano, com uma segunda reunião marcada para a próxima primavera na Bélgica
A União Europeia e os EUA chegaram a um acordo sobre o fornecimento de chips, para definir padrões e regras para as grandes tecnológicas e o comércio com a China para o século XXI. Os reguladores do comércio e digital dos dois lados da barricada juntaram-se no centro de desenvolvimento de tecnologia robótica e IA em Pittsburgh, para aprofundar as discussões no âmbito do fórum Trade and Technology Council. As potências concordaram em aprofundar a cooperação transatlântica para fortalecer as cadeias de fornecimento de chips, atentar nas práticas comerciais da China e delinear uma abordagem unificada para regular as empresas tecnológicas globais. Adicionalmente, as duas partes comprometeram-se a cooperar no rastreio de investimento em “export controls” para tecnologias sensíveis de dupla utilização e no desenvolvimento de IA. "Pretendemos colaborar para promover o crescimento económico partilhado que beneficie ambos os lados do Atlântico, crescer a relação transatlântica de comércio e investimento, combater a crise climática, proteger o ambiente, promover os direitos dos trabalhadores, combater o trabalho infantil e forçado, expandir cadeias de valor resilientes e sustentáveis e expandir a cooperação em tecnologias críticas e emergentes”, disse o fórum, que criou dez grupos de trabalho para aprofundar a colaboração. Reuniram-se os Vice-Presidentes executivos da Comissão Europeia Valdis Dombrovski e Margrethe Vestager e o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken e Secretária do Comércio Gina Raimondo. Apesar das tensões com a China, Dombrovski garante que “o TTC não tem a ver com nenhum terceiro país específico, trata-se de cooperação e coordenação em várias áreas políticas entre os Estados Unidos e a UE" e que se juntaram para “continuar a proteger as nossas empresas, consumidores e trabalhadores de práticas comerciais injustas, em particular as que são colocadas por economias não comerciais, que estão a minar o sistema comercial mundial". Contudo, o fórum criou resistências de grupos comerciais norte-americanos preocupados com uma adoção de uma abordagem mais europeia à regulação tecnológica por parte dos EUA. |