No ponto 16 do comunicado emitido pelo G7 lê-se “comprometemo-nos com uma taxa mínima global de pelo menos 15% numa base país a país”, mas de acordo com os valores do mercado de ações, a medida poderá não ser tão significativa quanto era esperado.
Os ministros das finanças do G7 chegaram a um acordo que assegura um IRC mínimo de 15% a empresas multinacionais. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro britânico das Finanças, Rishi Sunak, no Twitter, que classificou a decisão como um “acordo histórico”. A decisão foi tomada este sábado, em Londres, e vai ser aplicada a corporações como a Amazon, a Apple ou o Facebook. As ações dos gigantes da tecnologia permaneceram, no entanto, praticamente inalteradas após o anúncio da medida. O acordo foi alcançado pelo Grupo dos Sete, constituído por ministros das maiores economias do mundo, e é parte de uma discussão maior em torno da OCDE e do G20. Nasce sob a visão de criar um patamar mínimo global de IRC em que as grandes multinacionais são tributadas mesmo mudando as suas operações para países com jurisdições mais vantajosas. Apesar do entusiasmo do G7 e do compromisso de aplicação da taxa, ainda há poucos detalhes sobre a execução da nova medida, não só no que diz respeito às empresas abrangidas como relativamente aos países que vão efetivamente abarcar o acordo. A Irlanda é uma das nações que se mostra resistente às mudanças no IRC e é provável que não aceite os 15%, sem negociação. Marija Vertimane, Senior Strategist na State Street Global Markets afirma “que o atual acordo representa um ponto positivo pequeno para o mercado” e Ian Williams, economics & strategy research Analyst na Peel Hunt acrescenta que “as implicações imediatas no mercado deverão ser mínimas”. |