Gerir identidades está a tornar-se rapidamente um requisito para o sucesso no negócio digital
Primeiro cenário: A Lizzy procura uma coleira para o seu cão com padrão de xadrez no Leashy.com e efetua a compra. É bombardeada com anúncios para a mesma coleira durante meses. Frustrada, entra na app da loja e fecha a sua conta, mas continua a receber ofertas por e-mail. Reporta-as como spam. Segundo Cenário: O Frankie procura uma coleira de gato no Leashy. com. Repara numa série de anúncios sobre as suas apps de jogos favoritas para smartphones. Descarrega a app do retalhista, compra a coleira mas opta por não receber notificações por e-mail. Nunca recebe nenhum e-mail mas na sua próxima visita ao site da Leashy repara na existência de acessórios complementares à venda. Qual é a diferença? Apenas que o responsável de marketing do segundo cenário conseguiu dominar o nível da identidade. Embora os métodos de juntar identificadores e construir perfis sejam complexos, o retorno é fácil de entender: uma melhor experiência de cliente e uma maior duração do valor obtido. Gerir a identidade pode impulsionar um envolvimento multicanal mais efetivo, melhorar o foco e as táticas criativas, bem como tornar a medição mais precisa. Uma boa gestão de identidade permite abordar a vantagem das experiências “people-based” detida por plataformas como o Facebook, Google e Amazon. Estas plataformas possuem uma base de utilizadores que os identifica quando estes efetuam o login em qualquer dispositivo ou browser, permitindo uma experiência consistente. Os consumidores estão continuamente à espera de ter o mesmo tipo de experiência por parte de comerciantes diferentes. Relacionando os dadosDe acordo com a Nielsen, em média, cada adulto norte-americano possui quatro dispositivos digitais e passa cinco horas por dia a utilizá-los – 67% desses adultos utilizam os seus dispositivos móveis para procurar produtos e serviços, segundo a Consumer Technology Association. Entretanto, 60% dos consumidores que procuram um produto num dispositivo móvel acabam por realizar a compra num dispositivo ou browser diferentes. Os principais comerciantes tentam ligar dispositivos e browsers a pessoas – anónimas ou conhecidas – bem como facultar uma camada adicional de informação de gestão de campanhas e outros sistemas. Num estudo conduzido pela Advertising Bureau, 43% dos comerciantes referem que a identificação e relacionamento de audiências em canais cruzados é uma das suas principais preocupações. A Gartner estima que o número de dispositivos por pessoa, incluindo smart TVs e wearables, seja superior a seis em 2020. As expetativas dos consumidores para reconhecimento e relevância deverão também crescer. Gerir identidades está a tornar-se rapidamente um requisito para o sucesso. Esta prática não é nova. Desde a era pré-digital, os comerciantes tinham o desafio de relacionar diferentes nomes e moradas, acompanhar as alterações e associar as pessoas à demografia, bem como a outros dados. Técnicas estatísticas, como o relacionamento de dados, foram desenvolvidas para determinar se diferentes dados provavelmente pertenceriam à mesma pessoa.
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