O evento virtual “AI-Ready Data Center Solutions Broadcast”, organizado pela Schneider Electric, trouxe à discussão os desafios e oportunidades dos data centers no contexto da revolução da inteligência artificial
No centro da revolução digital, os data centers enfrentam um dilema complexo: alimentar a explosão da Inteligência Artificial (IA) sem sobrecarregar o planeta. A Schneider Electric procurou reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação tecnológica no evento virtual “AI-Ready Data Center Solutions Broadcast”, onde destacou novas soluções que prometem transformar a infraestrutura digital de hoje para atender às necessidades do futuro. Neste contexto, a empresa também apresentou a sua estratégia energética para a era da IA, destacando soluções acessíveis, descarbonizadas e otimizadas, com foco em práticas empresariais sustentáveis e integração de tecnologias físicas e digitais. Assim, a inteligência artificial emerge como pilar estratégico para otimizar a eficiência e a sustentabilidade nos data centers, com um foco crescente na adaptação às novas exigências tecnológicas e ambientais. Pankaj Sharma, Vice-Presidente Executivo de Negócios de Data Centers e Redes da Schneider Electric destacou a urgência de equilibrar as crescentes exigências de poder computacional com os objetivos de sustentabilidade global. “Os centros de dados são a espinha dorsal desta infraestrutura de IA e o catalisador crítico da eficiência e descarbonização”, afirmou Pankaj Sharma. Para sustentar esta visão, a Schneider Electric apresentou uma série de inovações concebidas para responder às exigências energéticas massivas da IA, incluindo a capacidade de crescer rapidamente, mantendo a sustentabilidade, soluções que equipam os centros de dados com infraestruturas flexíveis e tecnologias que garantem fontes de energia resilientes, permitindo operar de forma mais eficiente e sustentável. O papel da energia no crescimento dos data centersPankaj Sharma introduziu alguns dados que indicam que “a procura pelo poder global de data centers está prevista duplicar entre 2022 e 2026” e pede uma reflexão, uma vez que os “data centers estão a tentar manter-se ligados aos requisitos de sustentabilidade e objetivos em frente às necessidades de energia da IA”. Este cenário, explicou, exige infraestruturas que não apenas acompanhem o crescimento, mas que também desacoplem esse crescimento do consumo energético descontrolado. Nesse sentido, a empresa anunciou a aquisição da Motivair, focada em soluções de arrefecimento líquido, uma tecnologia que o Vice-Presidente Executivo de Negócios de Data Centers e Redes da Schneider Electric classificou como “o futuro dos centros de dados da IA”. Além disso, revelou novos desenvolvimentos na parceria com a Nvidia para computação acelerada em escala, através de equipamentos mais robustos e eficientes. Steven Carlini, Chefe de Data Center e Defensor de IA, reforçou: “a Schneider Electric está na frente desta evolução de energia”, revela o especialista, que explica que a empresa combina consultoria, programação e soluções para construir estratégias de energia. Para exemplificar, o especialista destacou a parceria com a Equinix, que resultou numa redução de 24% nas emissões de CO2, apesar do aumento significativo do consumo energético. Soluções de computação acelerada com Galaxy VXLUm dos principais destaques do evento foi o lançamento do Galaxy VXL UPS, uma solução projetada para suportar as exigências de energia das aplicações de IA mais avançadas. Jim Simonelli, Vice-Presidente Sénior e Diretor de Tecnologia, afirmou que “o treino de IA pode representar apenas 25% desses novos gigawatts a serem construídos, estamos a ver racks que consomem mais de 100 kW” e isso “é o que está a impulsionar mudanças significativas na indústria e nas nossas soluções”. Galaxy VXL UPS da Schneider Electric Com apenas 1,2 m² e uma densidade de potência de até 1.042 kW/m², o Galaxy VXL UPS redefine os padrões de eficiência e sustentabilidade para centros de dados e infraestruturas críticas. Capaz de alimentar até 1,25 MW numa única estrutura e até 5 MW com quatro unidades em paralelo, combina escalabilidade modular com eficiência operacional, alcançando até 99% no modo eConversion e 97,5% em modo de dupla conversão, reduzindo significativamente as emissões de carbono. Compatível com baterias de iões de lítio e VRLA, a solução integra tecnologia Live Swap para substituições sem interrupções e monitorização remota através do EcoStruxure IT. O design modular reduz custos iniciais, permitindo expandir a capacidade conforme as necessidades aumentam, garantindo segurança, eficiência e resiliência. Jim Simonelli também destacou a importância das ferramentas digitais para a modelagem e monitorização dos data centers. Sustentabilidade no centro da estratégiaAparna Prabhakar, Vice-Presidente Sénior de Estratégia e Sustentabilidade da Schneider Electric, destacou a sustentabilidade como um dos maiores desafios no contexto dos centros de dados, afirmando que “as cargas de energia da IA requerem muito mais poder, geram mais calor e requerem mais acolhimento para operar, levando a um espalho em emissões de energia”. A especialista ressaltou ainda a necessidade de separar “o crescimento do consumo de energia”, que tem sido uma preocupação crescente para os clientes. Segundo Aparna Prabhakar, a Schneider Electric está a liderar uma mudança industrializada, onde “a sustentabilidade não é um benefício adicional, mas, em vez disso, é a primeira consideração para cada produto e projeto”. A Vice-Presidente Sénior de Estratégia e Sustentabilidade da Schneider Electric explicou que a empresa tem adotado uma abordagem holística de ecodesign, resultando em melhorias significativas nos produtos, como exemplificado pelo design do novo Galáxia VXL UPS, que reduziu o uso de material em duas toneladas e a emissão de carbono em 38%. Além disso, a empresa está a enriquecer a supply chain para a "envolver na jornada de sustentabilidade”, com o objetivo de “reduzir em 50% a intensidade das emissões de carbono em 2025”. Aparna Prabhakar também mencionou os esforços da Schneider Electric para ajudar os seus clientes a “descarbonizar” através de consultoria de sustentabilidade e soluções para monitorização de dados ambientais através de uma plataforma baseada na cloud para gestão de sustentabilidade. O papel das alianças tecnológicas no avanço dos data centersA Líder da Aliança Nvidia e Chefe de Equipe para Data Centers & Networks Business da Schneider Electric, Elizabeth O'Sullivan, sublinhou a importância de um ecossistema completo no desenvolvimento de centros de dados prontos para a IA. A especialista afirmou que “nenhuma empresa – não importa quão grande ou inovadora – pode navegar nisto sozinha”. Elizabeth O'Sullivan enfatizou a colaboração com a NVIDIA como fundamental para fornecer “o preço da mudança que é necessário pela IA”, citando, como exemplo, o novo design de referência para a arquitetura GB200NBL72, que vai permitir aos operadores “desbloquear esses workloads de forma mais rápida e com mais confiança”. A Líder da Aliança Nvidia também destacou os desafios do aumento do consumo de energia e a necessidade de “acesso a energia limpa”, explicando que a parceria com a Nvidia e outros membros do ecossistema está focada em “aumentar a energia”, tanto por meio da “eficiência aumentada” pela transição de CPU para GPU quanto pela colaboração com utilidades para “influenciar a distribuição de poder e interligações de rede”. A Schneider Electric apresentou, numa abordagem integrada que combina inovação tecnológica, parcerias estratégicas e um forte compromisso com a sustentabilidade, as soluções essenciais para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas pela Inteligência Artificial. |