Estima-se que sejam necessários mais de 36 mil profissionais, denominados Data Protection Officers (DPO) em toda a Europa
A DPO Consulting lançou duas novas edições do DPO PRO, um programa de formação de Data Protection Officers, em parceria com a Associação Empresarial de Portugal (AEP). Com duração total de 48 horas em regime pós-laboral, a formação destina-se a todos os profissionais que sejam ou tenham interesse em assumir o cargo de DPO e tem início no próximo dia 17 de fevereiro, em Lisboa, e dia 21 de fevereiro no Porto. O Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) e a promulgação da respetiva lei de execução nacional deram origem a um novo quadro legal que veio obrigar todas as organizações a desenvolverem políticas restritas de tratamento e gestão de dados pessoais. Ao abrigo do artigo 37.º do RGPD, entidades públicas e privadas necessitam de um responsável que garanta o cumprimento de todas as regras e novas obrigações: um Data Protection Officer (DPO), ou Encarregado de Proteção de Dados. Estima-se que, atualmente, sejam necessários mais de 36 mil profissionais nesta área em toda a Europa. O programa DPO PRO legitima atuais e futuros DPO para esta função, tornando-os capacitados para a implementação otimizada das Políticas Organizacionais de Privacidade, Proteção de Dados e Segurança da Informação exigidas pelo RGPD nas organizações. Com recurso a um painel de formadores de excelência, uma forte componente prática e vertente de auditoria, o DPO PRO percorre todas as fases fundamentais da área, desde o enquadramento histórico à cibersegurança. O total de 48 horas de formação é distribuído por dois dias por semana, de quatro horas cada, ao longo de seis semanas e em regime pós-laboral. Elsa Veloso, Advogada, Certified Information Privacy Professional Europe e Diretora Científica da Formação DPO PRO, explica que “a procura por Encarregados de Proteção de Dados devidamente qualificados, conhecedores do RGPD e das melhores metodologias e práticas nesta matéria, tem registado um aumento muito interessante em Portugal, seja em modelo interno ou em outsourcing”. A especialista deixa, contudo, o alerta. “É inegável que existe um longo caminho a percorrer pelas empresas nacionais, públicas e privadas, na resposta aos requisitos e compliance com o RGPD. Este é um tema crucial para as organizações e deve ser tratado como tal, não só pelas penalizações financeiras associadas ao incumprimento, como pelos riscos ao nível da reputação”. |