Responsáveis financeiros devem repensar parâmetros de aferição da solidez das suas empresas

A Oracle patrocinou um estudo levado a cabo pela Chartered Global Management Accountant, intitulado "The Digital Finance Imperative", onde auscultou 367 gestores em 29 países da região EMEA. De acordo com o estudo, para a maioria das empresas o seu valor é definido pelos ativos intangíveis, como por exemplo a marca ou o sentimento de confiança dos clientes na empresa.

O estudo, realizado pela Chartered Global Management Accountant, revela que os CFOs na Europa, Médio Oriente e África (EMEA) têm que repensar a forma como avaliam a saúde financeira das suas empresas na Era Digital.

De acordo com o estudo, para a maioria das empresas o seu valor é definido pelos ativos intangíveis, como por exemplo a marca ou o sentimento de confiança dos clientes na empresa. No entanto, são poucos os responsáveis financeiros inquiridos que afirmaram ter acesso a dados que lhes permitam avaliar e monitorizar estes fatores críticos para os seus negócios - apenas 16 por cento afirmaram ter dados para avaliar o sentimento de confiança dos clientes na empresa.

O estudo defende que a aferição do valor comercial dos ativos intangíveis através de KPIs inovadores só irá aumentar na proporção da proliferação dos modelos de negócio assentes no digital. Os ativos intangíveis têm vindo a revelar-se cada vez mais importantes nos últimos anos, e hoje já representam 80 por cento do valor das empresas que integram o S&P 500 Index.

Quando interrogados sobre a extensão do alinhamento das áreas financeiras nas suas empresas para suportarem os novos motores de valor, apenas 10 por cento dos inquiridos indicaram que a área financeira nas suas empresas foi completamente envolvida no fornecimento e avaliação de dados não financeiros relativos à evolução do negócio, no âmbito das estratégias e objetivos traçados.
Contudo, o estudo conclui que os profissionais da área financeira na região da EMEA têm dificuldade em aceder e analisar os dados que digam respeito aos ativos intangíveis. Por exemplo, apenas 16 por revelaram ser capazes de reunir e analisar dados sobre o nível de confiança dos clientes na empresa, e só 16 por cento afirmaram ter acesso a dados que permitam medir o impacto das marcas nos seus negócios. Apenas 29 por cento afirmaram ser capazes de aferir a qualidade dos seus processos de negócio. “Os responsáveis financeiros estão numa posição privilegiada para se tornarem nos futuros "timoneiros" das empresas modernas, mas para que isso aconteça terão que ser capazes de trabalhar com dados relevantes, que abranjam todo o negócio/empresa, utilizando para tal sistemas de ERP e de gestão do desempenho modernos e baseados na cloud,” afirma Laurent Dechaux, Applications Vice President for ERP Western Europe da Oracle. “Sem estes recursos, há o risco das áreas das empresas que tiverem maior acesso às tecnologias digitais e que possuírem mais ferramentas, que lhes permitam compreender melhor os seus negócios, virem a ultrapassar a área financeira, passando a ser as novas responsáveis por apresentar diretamente às administrações os relatórios e as informações estratégicas."
 

De acordo com Noel Tagoe, FCMA, CGMA, executive director of education da CIMA, e um dos autores deste estudo: “À medida que a digitalização torna mais difícil a diferenciação entre as empresas e a valorização dos seus negócios, a qualidade da tomada de decisões é cada vez mais essencial ao sucesso, e os financeiros podem passar a liderar este processo assegurando a sua qualidade. Eles possuem a visão e as habilitações necessárias para trabalharem em equipa com os diversos stakeholders, assegurando que as suas empresas reúnem a informação que é relevante e necessária ao seu negócio, e que a analisam e a utilizam para melhorarem os seus níveis de desempenho".