Invariavelmente, sim! As organizações vão ter de continuar a adaptar-se à nova realidade em que vivemos e adotar, cada vez mais, modelos de arquitetura MASA (Mesh Apps and Services Architecture)
Historicamente, os departamentos de IT respondiam às necessidades do seu negócio desenvolvendo aplicações baseadas em uma ou duas linguagens de programação, com os seus componentes a correr no mesmo ambiente. Detinham fontes de dados estruturadas à medida, estando as lógicas e processos de negócio assentes numa única aplicação. Hoje em dia, o paradigma mudou!A pressão para reduzir o time-to-market é crescente. Assim, a escolha da arquitetura é um dos principais fatores para corresponder às exigências. Estas arquiteturas devem assentar em alguns pilares essenciais:
Para que esta definição de arquitetura seja bem-sucedida, é necessário evoluir de uma visão de gestão de projetos (tipicamente afastada do conhecimento concreto da necessidade final e do negócio) para uma gestão de produto (intimamente ligada ao negócio). Para uma arquitetura orientada a serviços, é fundamental abandonar os sistemas monolíticos. A reutilização de componentes, tal como a substituição de qualquer um deles será facilitada pela própria arquitetura. As aplicações passarão a ser tão somente um ecossistema de serviços chamados para garantir o propósito pretendido. Saber qual o serviço a “chamar”, garantir os níveis necessários de performance, identificar que dados utilizar e fornecer, passarão a ser fatores centrais na gestão destes sistemas. A era do planear “sem fim”, com ciclos de desenvolvimento pesados e longos e, muitas vezes, com um resultado final que não cumpre os requisitos previamente delineados está ultrapassada. Vivemos uma era em que importa entregar rápido, testar e ajustar. Fail fast, para que se possa ajustar, redefinir e alimentar novamente o ciclo de desenvolvimento. A escassez de profissionais no setor das tecnologias que vivemos obriga a dotar as equipas de IT das organizações com tecnologia que garanta a continuidade de negócio mesmo quando a rotatividade de recursos humanos ocorrer e a não-dependência do know-how de quem desenhou, implementou e/ou geriu a solução. Neste contexto, as soluções Low-Code irão ser dominantes nos próximos anos, quer estejamos a falar em criar um sistema de raiz – frontend e backend – quer estejamos a falar de todas as outras áreas. Também nos próximos anos iremos assistir a uma forte aposta em RPA (Robotic Process Automation) enquanto solução para problemas de comunicação entre sistemas Legacy, dispendiosos e de difícil evolução. Ainda assim, terá que coexistir e ser alterado, sempre que um sistema mudar as suas funções, ser testado em conjunto com qualquer major release de software na organização, entrar para o ciclo de vida de desenvolvimento de software global adotado e não deverá ser uma solução estanque. No presente e no futuro, a importância dada ao Digital Customer Experience, estará cada vez mais presente. Olhar para a experiência do cliente nos diferentes canais, com a introdução de outras variáveis como a Inteligência Artificial e a personalização. Os chatbots, com a incorporação de AI, linguagem natural, voz, entre outras funcionalidades, irão contribuir fortemente para essa melhoria da experiência. Toda esta evolução seria impossível de atingir sem a Cloud e os modelos de Cloud híbrida serão os cenários mais frequentes em qualquer organização de média ou grande dimensão, nos próximos anos. A recente apresentação do Windows 365, da Microsoft, vem confirmar a grande transformação do Modern Workplace a que continuaremos a assistir. Um simples smartphone poderá ter o poder computacional que o utilizador desejar, baseado na Cloud e independente do desempenho da máquina local trabalhamos no momento. Vivemos tempos de grande transformação e aceleração. O futuro é entusiasmante!
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