Realidade da transformação digital das empresas continua aquém do esperado

De acordo com um inquérito realizado pela Claranet, que abrangeu Portugal, a realidade da transformação digital das empresas continua aquém das expetativas

Realidade da transformação digital das empresas continua aquém do esperado

A Claranet inquiriu 750 decisores de IT, de Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha e Benelux, com o objetivo de compreender de que forma estes CIO gerem os seus negócios, alojam as suas aplicações e o quão bem posicionados estão para se adaptarem à nova economia digital.

“A transformação digital, embora aparentemente simples de tão divulgada que tem sido é, na verdade, bastante complexa e exigente. Os atuais líderes de negócios e de Tecnologias de Informação debatem-se diariamente com uma pressão crescente para transformarem as suas operações: a concorrência feroz, um consumidor bastante exigente, a tolerância cada vez menor a falhas tecnológicas e sistemas de tecnologias de informação inflexíveis são hoje verdadeiros imperativos de mudança”, refere António Miguel Ferreira, CEO da Claranet em Portugal.

O relatório, “Beyond Digital Transformation: Reality check for European IT and Digital Leaders”, demonstra que a realidade da transformação digital é consideravelmente diferente do esperado, com as organizações a debaterem-se com inúmeras barreiras organizacionais, técnicas e operacionais que impedem a tão desejada mudança. Segundo a Claranet, para conseguirem gerar valor, os líderes das Tecnologias de Informação devem focar-se sobretudo numa mudança iterativa, centrando as suas estratégias em aplicações e automação, em detrimento de uma abordagem ‘big bang’, extremamente difícil de implementar.

O estudo concluiu que 87% dos inquiridos continuam a debater-se com grandes entraves à implementação da mudança tecnológica nas suas organizações, entre as quais: falta de qualificações no departamento de Tecnologias de Informação (34%), falta de tempo para a mudança (29%) e falta de apoio da gestão sénior (28%). Além disso, oito    em cada dez participantes (81%) concordam que deveriam poder experimentar mais os novos processos e tecnologia.

Quase metade dos inquiridos (55%), assumem que as suas aplicações consomem demasiado tempo e são difíceis de gerir, enquanto apenas 10% consideram a sua organização ágil na abordagem às tecnologias de informação.

“Na Europa, apenas um em cada dez negócios tem o apoio que necessita no que respeita a estabilidade, fiabilidade e capacidade de resposta. Na grande maioria dos casos os sistemas de TI continuam fragmentados. Ou seja, a grande maioria das empresas está a empreender uma jornada, que não estará concluída tão depressa”, continua António Miguel Ferreira. “Em suma, em vez de olharem para a transformação digital com uma abordagem ‘big bang’, os responsáveis devem apostar no foco e numa atitude iterativa, abraçando uma filosofia de desenvolvimento contínuo que lhes permita manter a sua performance competitiva sem se debaterem, periodicamente, com mudanças disruptivas”.

Assim, Claranet aconselha as empresas a apostarem num planeamento “detalhado antes de procederem a qualquer migração e verificarem se as suas aplicações são compatíveis com a cloud ou se necessitam de reengenharia”.

“Estes passos são fundamentais, pois não há apenas uma ‘estratégia certa’; esta pode variar consideravelmente, dependendo da natureza das aplicações”, conclui o CEO da Claranet Portugal.

Tags

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT INSIGHT Nº 52 Novembro 2024

IT INSIGHT Nº 52 Novembro 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.