Segundo a Minsait, as organizações “devem procurar captar todo o potencial da cloud, como a capacidade de inovação, flexibilidade e adaptação”, e as que já estão a modernizar as aplicações revelam “benefícios na redução dos tempos de execução, na prestação de serviços, na capacidade de escalar e no aumento da eficiência da gestão"
As conclusões do novo relatório Ascendant Digital Maturity, da Minsait, uma empresa Indra, revelam que a modernização das aplicações tecnológicas e a migração para a cloud são as duas grandes prioridades da próxima vaga de transformação digital das organizações em Portugal. De acordo com Vincent Huertas, CEO da Minsait em Portugal, “as empresas e a Administração Pública em Portugal devem procurar captar todo o potencial da cloud, como a capacidade de inovação, flexibilidade e adaptação”. Além disso, “as empresas que já empreenderam um processo de modernização de aplicações estão satisfeitas com os resultados. Em particular, revelam que registaram benefícios na redução dos tempos de execução, na melhoria da prestação de serviços, na capacidade de escalar muito mais rapidamente, e no aumento da eficiência da gestão. É, sem dúvida, um fator de competitividade, em tempos de incerteza”, assinala. Outros benefícios incluem a melhoria do tempo de colocação de produtos no mercado, segurança, automatização, normalização de processos e facilidade de expansão comercial internacional. Para quase metade das empresas portuguesas inquiridas (46,7%), a principal motivação para iniciar um processo de migração para a cloud é a possibilidade de uma maior agilidade num contexto de mudança. Além disso, 40% acreditam que o principal impulsionador da migração para a cloud é a adoção de novas funcionalidades, como a inteligência artificial, low-code e big data. Entre os principais obstáculos a esta modernização, 32,3% das organizações portuguesas salientam a falta de capacidade em termos tecnológicos e de recursos humanos e a complexidade, algo que também é realçado por 32,6% das empresas inquiridas a nível global. Por outro lado, face às congéneres internacionais, as organizações portuguesas mostram-se mais preocupadas com a relação entre o investimento necessário e o retorno económico esperado. Os dados do relatório indicam a existência de um mercado altamente direcionado para a modernização da cloud. Todavia, a maioria das empresas encontra-se numa fase tardia do processo de migração, cuja implementação tem sido longa. Por este motivo, 72% das organizações portuguesas consideram que precisam de melhorar a sua estratégia de modernização executada assente na cloud. Apenas cerca de 22% das empresas inquiridas têm um plano modelo de operação em cloud, contudo sem conseguir ainda capitalizar todos os benefícios do modelo definido. Para os próximos anos, as organizações portuguesas preveem executar a mudança para aplicações cloud em mais de 60% dos sistemas. Para tal, 60% das empresas considera que o talento será essencial para a mudança de paradigma tecnológico, devido à necessidade de novas competências. Ainda assim, 70% das empresas prevê uma possível resistência à mudança, embora tenham implementados planos para mitigar essa situação. “Nos próximos anos, as empresas que já iniciaram esta viagem de modernização experimentarão um período de crescimento e de melhoria das margens. Aqueles que ficarem para trás arriscam-se a perder a sua posição”, reitera Vicente Huertas. |