Programadores nacionais desejam melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal

Relatório indica que 62% dos programadores portugueses desejam um melhor equilíbrio entre aquilo que é a sua vida profissional e a sua vida pessoal

Programadores nacionais desejam melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal

A OutSystems divulgou um novo relatório focado no emprego para programadores, identificando os fatores que os motivam a permanecer nas empresas e as frustrações que os afastam.

O relatório “Developer Engagement Report: Are Your Developers Happy or Halfway Out The Door” tem como base dados de 860 programadores globais de diferentes origens, para identificar as principais tendências no que diz respeito à satisfação laboral e retenção nas empresas, assim como fornecer as melhores práticas para os líderes de TI evitarem situações de burnout e maior rotatividade de talentos. 

Continuamos fascinados com a forma como líderes de TI e programadores em todo o mundo continuam a inovar perante diferentes desafios. Ainda assim, havendo falta de talento na ordem de um milhão de programadores, os líderes de TI não serão capazes de recrutar como forma de resolução dos desafios e de responder à vontade insaciável de criar software de qualidade e alta performance”, afirma Gonçalo Gaiolas, Chief Product Officer da OutSystems. “As empresas precisam de tecnologias que otimizem recursos, aliviem fluxos de trabalho, e potenciem a produtividade dos programadores. As empresas que compreenderem os benefícios da utilização de diferentes ferramentas poderão apoiar as técnicas de programação avançada, incluindo algumas preferências de código dos programadores, enquanto simplificam a fricção, volume de trabalho e recursos que continuam a testar a motivação e frustração dos programadores”.

Os resultados do relatório mostram às equipas de TI e aos executivos C-level novos insights para reter programadores talentosos, e oportunidades para atrair novos talentos à medida que a concorrência aumenta. As principais descobertas incluem:

  • Mais de 84% afirma que definitivamente estará na empresa no prazo de um ano e 45% acredita que ainda estará lá no prazo de dois anos;
  • A nível global, 48% dos programadores globais disse que definitivamente estaria na sua empresa atual daqui a um ano e apenas 29% dos desenvolvedores globais acha que definitivamente estará na mesma empresa no prazo de dois anos;
  • Apenas 16% concorda fortemente com a afirmação de que está a pensar seriamente em mudar de empresa agora, número que sobe para 47% quando comparado com os inquiridos do Brasil;
  • Além disso, apenas 16% dos entrevistados em Portugal sente fortemente que é mal pago, muito abaixo de quase metade (49%) dos developers em França;
  • 62% dos inquiridos portugueses concorda que necessita de um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal vs. 50% dos programadores globais e 63% dos programadores na região EMEA;
  • Além disso, os dados do relatório mostram que 80% dos programadores na Holanda concorda fortemente que precisa de um melhor equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal (a percentagem mais elevada) vs. 30% dos programadores nos EUA (a percentagem mais baixa);
  • Apenas 27% dos programadores em Portugal está satisfeito com o número de programadores que trabalham nos seus projetos, comparando com 43% a nível global;
  • “Existem tantas oportunidades para mim que poderia facilmente obter uma posição melhor agora” – 69% dos developers inquiridos concorda fortemente com esta afirmação;
  • Esta é a percentagem mais elevada de todos os países inquiridos, e um reflexo claro da falta de talento existente, e como as empresas em Portugal estão a lutar para recrutar os talentos de que necessitam;
  • 70% dos programadores inquiridos no mercado português está muito satisfeito com a capacidade de trabalhar a partir de qualquer lugar, comparando com 48% dos inquiridos na região EMEA;
  • Este é um número apenas ultrapassado pelos programadores brasileiros (77%).

Com o aumento significativo do low-code como técnica de programação simplificada, o relatório investiga os programadores que utilizam o low-code como um subconjunto da comunidade maior de programadores. Os resultados indicam que utilizadores low-code – a maioria dos quais também usa linguagens de codificação tradicionais – experimentam maior satisfação em relação à carga de trabalho, semanas de trabalho mais curtas, maior crescimento na carreira e menores outros fatores que contribuem para o burnout.

O estudo revela que, a nível global:

  • Mais da metade dos programadores low-code relatou estar “muito satisfeito” tanto com a produtividade da equipa (59%) como com a qualidade das ferramentas à sua disposição para concluir o seu trabalho (57%). Por outro lado, menos da metade dos utilizadores de código tradicionais relatou sentimentos semelhantes em relação à produtividade da equipa (41%) e ferramentas de desenvolvimento (36%);
  • Mais de 71% dos utilizadores low-code diz que conseguiu cumprir a semana de trabalho típica de 40 horas, em comparação com apenas 44% dos programadores tradicionais. Além disso, 63% dos programadores low-code indica que está satisfeito com seu salário e benefícios em comparação com 40% dos programadores tradicionais;
  • Os programadores low-code receberam uma média de 3,5 promoções de emprego na sua empresa atual, enquanto os programadores tradicionais foram promovidos apenas 2,0 vezes.
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