Quanto mais pensarmos a Hybrid Cloud em todas as suas valências, mais eficazes e transversais serão as soluções encontradas para as diferentes necessidades dos Clientes
Nos dias que antecederam a preparação destas linhas, duas situações com Clientes distintos de Cloud mostraram o papel que a Hybrid Cloud pode desempenhar para responder a diferentes necessidades: Ops@PublicCloud – No primeiro contacto, o Cliente necessitava de apoio para dar resposta ao aumento de projetos da sua equipa de IT. As competências necessárias eram claras e encaixavam nos serviços de Public Cloud fornecidos pela Claranet a inúmeros Clientes. No entanto, numa segunda conversa, a preocupação do Cliente avançou para a automatização de deploys de aplicações legacy em infraestruturas migradas para Public Cloud. Após esclarecimento de algumas questões mais estruturais, ficou evidente que o processo seguido pela organização não acautelava aspetos críticos, como a segurança do código ou os custos dos próprios serviços. Kubernetes @PT – Numa outra abordagem, recebemos de um Cliente um Request For Proposal (RFP) bem construído, com um objetivo bem claro: implementar uma solução de Kubernetes em Portugal. Podíamos simplesmente sugerir a aquisição de hardware, o licenciamento de aplicações e a contratualização de serviços de implementação. Mas a opção acabou por recair no recurso à Claranet Cloud Platform, a plataforma Cloud da própria Claranet, na qual é possível incluir esta solução de containers, garantindo uma resposta competitiva e flexível. Os paradoxos da cloudA área de serviços de Cloud é muito exigente, dada a contínua inovação nos serviços disponibilizados. É mesmo uma área já considerada como uma “commodity” e, como tal, implica “respostas prontas” sempre que surge uma necessidade. Todos conhecemos “use cases” de sucesso na Cloud mas, pontualmente, temos também de tentar minimizar os elevados custos de alguns projetos, sobretudo naqueles em que a performance está a ser obtida à custa de mais e mais recursos. Sabemos ainda que a adoção de alguns dos serviços mais recentes significa ficar dependente do respetivo provedor de Cloud, caindo numa situação de Vendor Lock-In. Partindo do pressuposto de que uma organização recorre a múltiplos fornecedores de serviços de IT e/ou de locais em que os mesmos estão alojados, defendo o princípio da adoção da Hybrid Cloud. Esse princípio, aplicado em diferentes níveis de decisão, define uma orientação que permite minimizar os riscos em caso de falha de um dos fornecedores, ou de posicionamento de mercado abusivo, maximizando também a utilização das “novidades” de cada provider e a capacidade negocial. Assim, como fatores importantes na implementação de uma estratégia Hybrid Cloud, podemos destacar a existência de competências internas e/ou dos parceiros, a escolha de parceiros que sejam transparentes relativamente ao seu modelo de serviços e à utilização de um processo de escolha da solução de Cloud, bem como a segurança acrescida do ambiente híbrido Os desafios dos providers Do ponto de vista tecnológico, e apesar da contínua evolução, não existem ainda soluções maduras que integrem a gestão de diferentes Clouds. Para as infraestruturas on-prem, existem as conhecidas soluções dedicadas - Azure Stack, AWS Outposts ou Google Anthos. Já para a gestão transversal de uma infraestrutura, as soluções mais avançadas estão ao nível do container, havendo várias soluções para ambientes Kubernetes - mas sem podermos perceber, por enquanto, quais se tornarão referência do mercado. Já do ponto de vista dos serviços, existem desafios ao nível das competências, da sua uniformização e da expectativa dos próprios clientes. Por um lado, a necessidade de recursos humanos que tenham um conhecimento técnico transversal e conhecimento específico de determinados serviços é crítica; por outro lado, é essencial que os providers tenham capacidade de análise e comunicação para compreenderem as reais necessidades dos clientes. Regresso agora às duas situações descritas no início deste texto: a Claranet construiu um portfólio muito abrangente de serviços Cloud, disponibilizados em diferentes modelos - como a implementação de projetos, managed services ou managed teams; mas, sobretudo, teve a preocupação de saber escutar os clientes e de pensar a Hybrid Cloud em todas as suas valências, mesmo naquelas que, de imediato, não são imediatamente percetíveis, de forma que esta se adaptasse a cada contexto e necessidade específicos. A partir daí, a transformação das tecnologias de Cloud em real valor acrescentado fica muito mais perto de acontecer, seja pela adaptação dos produtos e serviços às novas necessidades, seja pela rapidez na resposta ou no custo mais reduzido.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Claranet
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