Fala-se de forma cada vez mais abrangente sobre soluções tecnológicas como a Inteligência Artificial, o Analytics e o Business Intelligence e a verdade é que são muitos os negócios que, perante os desafios e volatilidade do atual mercado, confiam nestas ferramentas para os ajudarem na otimização de processos, monitorização de métricas, tomadas de decisão rápidas e assertivas, redução de custos…
A utilização deste tipo de soluções pode ser aplicada às mais variadas áreas, nomeadamente à Gestão Municipal, que mais não é que um serviço público que tem como fim servir de forma sustentável a sua população e respetivo território/região, assegurando um conjunto de serviços que proporcionam bem-estar, segurança e qualidade de vida aos seus munícipes. Só para se ficar com uma ideia, atualmente as Câmaras Municipais suportam um vasto conjunto de áreas - Planeamento e urbanismo, Ação social, Segurança e socorro, Serviços municipalizados, Promoção e desenvolvimento territorial, Ambiente, Equipamentos e infraestruturas e Modernização administrativa – o que significa que têm a seu cargo uma série de competências, que por sua vez se traduz numa avultada quantidade de dados e informação que precisa de ser tratada, para depois ser transformada em valor real. Imaginemos, por exemplo, que se quer construir uma Escola, licenciar um Hospital ou abrir um Lar… tudo isto envolve processos normalmente longos que carecem de informação e legislação, sendo de notar que na legislação existe a nacional (aplicada ao licenciamento municipal) e a local (tendo em conta o enquadramento ou algum tipo de restrições que possam existir). Ou seja, para avançar com este tipo de iniciativas tem de ser feita uma avaliação de impacto, avaliar a sua viabilidade, ter em conta um conjunto de condicionantes e mais um rol de etapas (onde convém realçar que a localização é um parâmetro muito importante), tendo por base os dados e insights que ajudam a compreender o presente e a planear o futuro. Na verdade, o cenário ideal é que essa informação esteja toda ela organizada num único sistema de forma que se possa aceder rápida e eficazmente, e de facto nos últimos anos tem havido uma tentativa de digitalização e modernização administrativa dos processos e de transformação digital, com o intuito de facilitar o tal rastreamento e pesquisa da informação.
Neste âmbito, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) assumem um papel diferenciador já que permitem visualizar, questionar, analisar e interpretar dados com o objetivo de se compreender relações, padrões e tendências, ajudando-nos a tomar decisões inteligentes. E aqui há que referir a plataforma tecnológica de mapeamento e análise ArcGIS, que possibilita fazer uma análise espacial, operações de campo, mapeamento e visualização em tempo real, entre outras funcionalidades, facilitando a obtenção de insights e acelerando os tempos de resposta. Uma ferramenta de recolha e gestão de dados cuja inteligência é uma mais-valia para que a gestão municipal seja feita de forma eficiente. Quanto às soluções de IA e Analytics estas têm também grande relevância na desmaterialização de processos, um passo fundamental na melhoria da eficiência dos serviços. No entanto, se falamos em sistemas core é fundamental assegurar que são interoperáveis, para que haja centralização de dados. E, uma vez mais, a plataforma ArcGIS apresenta-se como fundamental, quer com as ferramentas de mobilidade já referidas quer com ferramentas de GeoAI, GeoAnalytics, Urban e muitas outras que, pela sua vasta utilização, se tornam indispensáveis à realização dos trabalhos diários. Outro conceito importante de referir é o BIM (Building Information Modeling), um processo inteligente baseado em modelo 3D em formato IFC, que fornece aos profissionais de arquitetura, engenharia e construção (AEC) a visão e as ferramentas para planear, projetar, construir e gerir edifícios e infraestruturas com mais eficiência. O processo e a tecnologia BIM estão a transformar a forma como os edifícios e as infraestruturas são projetados, construídos e operados e está a contribuir para melhorar a tomada de decisão e o desempenho em todo o ciclo de vida da construção e da infraestrutura. Importa compreender que a componente de geolocalização acrescenta valor ao BIM – o GeoBIM traz às autarquias e outras entidades publicas e privadas, o elemento SIG que acrescenta valor ao 3D. A geolocalização, associada ao 3D, permite uma análise pormenorizada, não só do edifício em si, mas também do meio onde, o mesmo, vai ser implantado e permite a realização de uma análise sobre o impacto do projeto, ajudando na tomada de decisão. Em suma, o core de uma autarquia é servir a sua população e a sua jurisdição é o seu território. Ora, com cada vez mais áreas sob a sua gestão, torna-se cada vez mais urgente a adoção de um conjunto de ferramentas e soluções tecnológicas de pesquisa e consulta rápida que ajudem nas tomadas de decisão e garantam, também, a melhoria da qualidade de serviço prestado ao cliente. Vivemos num mundo cada vez mais acelerado e precisamos de ter respostas para o momento. A informação residir em silos departamentais em nada contribui para a eficiência municipal. Os dados têm de ser pesquisáveis e possíveis de ser acedidos em qualquer lugar e dispositivo, para serem úteis e usados de forma eficiente, algo que a plataforma ArcGIS Hub permite hoje a muitos dos atuais Municípios portugueses. Só assim, com a monitorização e otimização dos processos, conseguimos maior fiabilidade nos resultados, um conhecimento mais profundo (seja dos clientes ou processos), antecipar tendências, com menos custos e através de tomadas de decisão mais inteligentes. Acredito, por isso, que se deve tirar partido das vantagens competitivas que estão por trás da tão badalada transformação digital e sejamos também nós, cidadãos, cada vez mais interventivos, próximos e atentos à atividade das nossas autarquias, pois o poder local funciona melhor se a nossa participação for potenciada.
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