Modernização do data center: um plano para saber quanto externalizar

Para continuarem a serem competitivas, as empresas devem modernizar os seus Data Centers, que podem converter- se rapidamente numa barreira ao crescimento empresarial. O espetro sobre como modernizar um Data Center é bastante amplo e os cenários de custo/benefício podem diferir.

Algumas opções de modernização podem começar pela atualização de uma instalação existente, consolidação de pequenas salas de servidores existentes ou armários de cablagem no Data Center maior, pela construção completamente nova, integração rápida de uma nova capacidade por meio de módulos pré-fabricados de refrigeração e energia, pela migração do Data Center para um centro de colocation, pelo download de determinadas aplicações e plataformas para a cloud pública ou privada, ou alguma combinação destas opções.

Um ponto crítico envolve a tomada de decisão sobre que parte da operação permanecerá “interna” e qual será externalizada para a cloud ou para o Data Center de colocation. Neste processo de tomada de decisão, devem considerar-se as diferenças quantitativas e qualitativas.

Um TCO (Custo Total de Propriedade) de 10 anos pode favorecer a atualização ou construção de um Data Center existente em vez da sua externalização. Porém, a abordagem pelo TCO poderá ser impactada pela sensibilidade do negócio ao fluxo de caixa, ao intervalo de implementação, à expetativa de vida do Data Center, aos requisitos regulamentares, entre outros fatores estratégicos.

Ao tentar decidir onde se encontra, dentro do espectro de modernização (e onde gostaria de estar), devem identificar-se três categorias importantes de variáveis: as caraterísticas físicas dos Data Centers, as variáveis do custo de construção e as variáveis do custo de externalização. Analisemos, agora, esses três elementos.

As caraterísticas físicas/ambientais do Data Center constituem o primeiro ponto a considerar. Estas variáveis incluem os custos da tarifa de eletricidade, carga atual de TI, carga final esperada de TI (no qual são considerados os riscos comerciais conhecidos, potenciais mudanças de mercado e plano de aumento capacidade), intervalo de tempo esperado entre o estado atual e o estado previsto de desenvolvimento, densidade de potência (impacta o espaço necessário para o equipamento de TI no Data Center) e o custo de capital.

Outro aspeto a considerar são as variáveis do custo de construção, variáveis às quais se deve incluir o custo por watt, para construir numa determinada localização, o custo mensal para arrendamento do edifício, os custos para os requisitos de largura de banda (variam em função da redundância, geografia e custos de transporte), o aumento percentual anual dos custos operacionais (incluindo eletricidade, manutenção e pessoal) e a eficiência do Data Center (medida em PUE – Power Usage Effectiveness).

Finalmente, dever-se-ão considerar as variáveis do custo de externalização. Estas incluem o custo do espaço por bastidor (custo mensal por aluguer de uma só prateleira), o custo por reserva do espaço (reserva de espaço no caso de no futuro se pretender expandir o espaço ocupado pela prateleira), o aumento do custo por espaço, o custo do circuito elétrico (este custo aumenta com a densidade e redundância adicional) e o custo de largura de banda (esse custo depende mais da aplicação e menos da capacidade de potência).

Uma vez identificadas todas as variáveis, torna-se mais fácil avaliar o fluxo de caixa e os cenários do custo total da propriedade, de forma a tomar a melhor decisão para o seu negócio. Entre as várias ferramentas “Trade off” da Schneider Electric existe uma que calcula o custo de construção de um Data Center vs. Custo em Colocation CTP” e que pode ajudá-lo a simplificar o processo.

O fator chave para o êxito, reside em reconhecer que a modernização do Data Center é uma peça fundamental dentro da estratégia de melhoria continua do serviço a prestar aos consumidores.

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