Maioria dos profissionais de IT trabalha remotamente

Segundo dados revelados pelo INE, cerca de 20% de todos os trabalhadores portugueses indicam estar a trabalhar em teletrabalho, mas no setor do IT a percentagem cresce para 90% dos colaboradores da área

Maioria dos profissionais de IT trabalha remotamente

Com a propagação da pandemia e, com ela, do teletrabalho generalizado, começou a ocorrer uma mudança de mentalidade nos locais de trabalho. Em Portugal, dois anos e meio depois, com a melhoria da situação epidemiológica, registou-se um certo retrocesso em alguns setores e o debate acerca do trabalho presencial vs. teletrabalho está novamente em cima da mesa. É significativo que, atualmente, cerca de 20% dos trabalhadores portugueses indicam estar a trabalhar em teletrabalho, assim apontam os dados revelados pelo INE.

O teletrabalho veio para ficar", afirmava-se, mas o que está a acontecer se olharmos por setor?  O setor IT com quase 90% dos profissionais a trabalhar regularmente em teletrabalho destaca-se claramente de outros setores mais tradicionais. Sendo que a tendência atual que mais se verifica é o trabalho híbrido, como aponta o relatório elaborado pelo INE. Entre os empregados que trabalharam em casa, 33% trabalharam sempre em casa e 27,6% mediante um sistema de regime híbrido.

A maioria das empresas tecnológicas e de telecomunicações demonstraram maior flexibilidade e estão empenhadas em manter este modelo ou um modelo híbrido largamente flexível. 

Nas empresas tecnológicas é talvez mais fácil implementar e manter este modelo porque os profissionais estão mais habituados às ferramentas e ambientes digitais que facilitam o trabalho remoto, pelo que o impacto no desenvolvimento das nossas tarefas, desde como era antes até como é agora, é mínimo”, afirma a Keepler Data Tech, uma empresa tecnológica especializada em analítica avançada de dados. “No entanto, estes dois anos têm sido uma curva de aprendizagem maciça, de que há que tirar partido. As empresas que investiram na digitalização do local de trabalho e que foram capazes de medir o desempenho perceberam que é possível oferecer isto aos colaboradores sem prejudicar o desempenho e acrescentar muitos benefícios de equilíbrio trabalho-vida à experiência”.

É de notar que a fisionomia do tecido empresarial produtivo português está muito concentrada no trabalho presencial. Há empregos que, devido às suas funções, estão completamente afastados do trabalho remoto, tais como as profissões relacionadas com artes e ofícios, logística, saúde, turismo e restauração.

É verdade que o trabalho à distância não é para todos, nem todas as profissões o podem assumir na sua dinâmica de trabalho, mas esta mudança de paradigma não significa que todas as empresas tenham de o implementar numa base obrigatória. Quando falamos de trabalho remoto ou teletrabalho, estamos sempre a falar dos trabalhos de escritório que podem ser realizados com um computador, uma ligação à Internet e um telemóvel. No nosso setor, o setor tecnológico, a mudança de mentalidade é forte e oferecer a máxima flexibilidade é um aspeto fundamental para o colaborador. Aquelas empresas que conseguirem, como nós estamos a fazer, terão uma grande vantagem competitiva, pelo menos por agora”, conclui, Laura Casillas, Chief People Officer de Keepler Data Tech.

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