De acordo com uma fonte da Reuters, numa reunião recente, os ministros das telecomunicações de 18 Estados-membros ou rejeitaram a taxa proposta para as empresas de tecnologia ou pediram um estudo de impactos
A maioria dos Estados-membros da União Europeia (UE) rejeitaram a ideia de uma taxa de custos de rede para as grandes empresas tecnológicas. A pressão tem vindo a ser feita pelos operadores de telecomunicações para as forçar a apoiar o financiamento da implementação do 5G e da banda larga na Europa, de acordo com fontes da Reuters. Numa reunião com o chefe da indústria da Comissão Europeia, Thierry Breton – antigo CEO da France Telecom e da Atos – os ministros das telecomunicações de 18 Estados-membros ou rejeitaram a taxa proposta para as empresas de tecnologia, ou pediram um estudo sobre as necessidades e impactos da medida. As tecnológicas rejeitaram a ideia, argumentando que já investem no ecossistema digital. Os ministros das telecomunicações europeus notaram uma falta de uma análise sobre os efeitos de uma taxa de rede, a ausência de um déficit de investimento e o risco de as empresas passarem o custo extra para os consumidores. Além disso, alertaram para a potencial violação das regras de “net neutrality” da UE, que exigem que todos os utilizadores sejam tratados igualmente, assim como potenciais barreiras à inovação e qualidade inferior dos produtos. Agora, aguarda-se que Thierry Breton emita um relatório até ao final de junho com um resumo do feedback recebido para avançar com os próximos passos. Segundo a fonte da Reuters, na oposição à taxa está a Áustria, Bélgica, Chéquia, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Lituânia, Malta e Holanda. Contrariamente, a França, Grécia, Hungria, Itália, Espanha e Chipre apoiaram a ideia. Já Portugal, a Polónia e a Roménia ou adotaram uma postura neutra ou não adotaram uma posição, contudo, há quem indique que são favoráveis à adoção da taxa.
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