Maioria dos consumidores estão mais preocupados com a economia na época festiva

Novo estudo da IBM indica que enquanto 59% dos consumidores estão menos apreensivos com a COVID-19, dois em cada três estão mais preocupados com a economia

Maioria dos consumidores estão mais preocupados com a economia na época festiva

Muitos consumidores globais estão prontos para celebrar a época festiva novamente e farão as compras mais cedo do que em anos anteriores, contudo, à medida que um conjunto mais vasto de questões económicas e políticas tomou o centro das atenções no ano passado, novos riscos e incertezas pairam sobre os seus planos. Os dados são do Annual Global Holiday Shopping and Travel Report divulgado pelo IBM Institute for Business Value (IBV).

O estudo concluiu que os orçamentos de compras para 2022 aumentaram 8% em relação a 2021 e  que os orçamentos de viagens de férias aumentaram quase 50%. No entanto, fatores como a inflação e os aumentos de preços levaram as questões económicas para o topo das preocupações nesta época festiva. Enquanto 59% dos consumidores inquiridos dizem que estarão menos apreensivos com a COVID-19, dois em cada três dizem que estarão mais preocupados com a economia. 59% dos inquiridos afirmam estar mais preocupados com as perturbações na cadeia de abastecimento que poderão tornar as compras natalícias mais difíceis ou mais dispendiosas.

De acordo com os resultados do estudo em 2022, os consumidores esperam voltar às tradições desta época festiva, que tiveram de alterar nos últimos dois anos”, afirma Karl Haller, Partner, Consumer Center of Competency Leader da IBM Consulting. Mais, acrescenta que os consumidores “estão a começar as compras e o planeamento de viagens mais cedo, mas também querem assegurar as suas escolhas com opções como devoluções ou cancelamentos gratuitos. Para se adaptarem a estas mudanças no comportamento dos consumidores, os retalhistas necessitam de melhorar a visibilidade e rastreabilidade do seu inventário, entregas e devoluções dos produtos. A IA pode ajudá-los a compreender, estabelecer prioridades e resolver questões críticas em tempo real”.

Noutras conclusões, a investigação refere que a incerteza em torno da inflação, preços do gás e da cadeia de valor está a impactar os planos dos consumidores. Nesse sentido, quase metade dos consumidores inquiridos deverá gastar menos se a inflação continuar a provocar aumentos de preços. Se forem forçados a reduzir o seu orçamento de compras de Natal, mais de 60% irão reduzir as categorias não essenciais como vestuário, calçado, joias e acessórios. 

Adicionalmente, se os bens não estiverem disponíveis devido a problemas na cadeia de abastecimento, 41% dos inquiridos dizem que gastarão menos – mas 30% gastarão mais se conseguirem encontrar facilmente substituições. Se os preços do gás descerem, 35% dos consumidores inquiridos farão mais compras em loja.

Por outro lado, os consumidores estão a fazer planos de viagem e de compras mais cedo, mas querem manter as suas opções em aberto. 58% dos consumidores inquiridos planeiam começar as compras para a época festiva a partir do início de novembro, em comparação com os 44% do ano passado. Quase dois em cada três planeiam pré-encomendar nesta época natalícia para conseguirem os seus produtos a tempo e com preços garantidos.

Ao mesmo tempo, os consumidores querem manter as suas opções em aberto. Quase sete em cada dez inquiridos vão optar por marcas ou retalhistas que ofereçam cancelamentos gratuitos, alterações de encomendas e devoluções, bem como um ambiente seguro COVID-19. Os resultados do estudo parecem indicar que estas regalias valem muitas vezes o preço devido às contínuas preocupações em torno da cadeia de abastecimento e da disponibilidade de produtos nesta época festiva.

As viagens são, também, uma área em que os consumidores procuram voltar ao normal, enquanto atenuam qualquer risco associado a potenciais alterações de preços devido à inflação e à flutuação dos preços do gás. O estudo concluiu que a procura média de viagens irá aumentar 9% durante a época festiva.

Os dados notam, ainda, que a sustentabilidade continua a ser a principal preocupação da maioria dos inquiridos, apesar das dificuldades económicas, indo de encontro ao relatório do ano passado. “À medida que mais consumidores alinham as suas compras com os seus valores, os retalhistas e as marcas que podem fornecer opções mais amigas do ambiente podem potencialmente ganhar uma maior percentagem dos gastos neste período festivo”, comenta Karl Haller.

73% dos inquiridos disseram que estão a considerar a sustentabilidade quando fazem as suas compras. Vinte e nove por cento dos consumidores inquiridos irão agrupar várias encomendas para ajudar a reduzir as emissões de carbono, enquanto 38% evitarão os plásticos de utilização única, e dois em cada cinco optarão por fazer compras nas proximidades (42%) e irão comprar produtos que são rotulados como sendo ambientalmente sustentáveis ou socialmente responsáveis (41%). Notavelmente, os inquiridos estão dispostos a pagar um prémio médio de 41% para produtos sustentáveis, 34% para viagens aéreas sustentáveis, e 37% para alojamento sustentável nesta época festiva.

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