Maioria das empresas europeias estão sobrecarregadas com volume de dados

Um novo estudo indica que as organizações receiam que a dependência de dados quase duplique nos próximos dois anos e que se apresentem mais desafios a nível de proteção e gestão desse rápido crescimento

Maioria das empresas europeias estão sobrecarregadas com volume de dados

Cerca de 62% das empresas europeias dizem estar sobrecarregadas com a quantidade de dados que gerem. Os dados são de um recente estudo da Hitachi Vantara, que indica que a maioria das organizações receia que a dependência de dados quase duplique nos próximos dois anos e que tanto a proteção como a gestão desse rápido crescimento venham complicar ainda mais os esforços. 

Realizado a 1288 executivos de nível C e decisores de IT, incluindo 286 europeus, o estudo procurou avaliar até que ponto as empresas estão a gerir a sua infraestrutura de dados de forma segura e sustentável. A nível europeu, os resultados indicam a relação com os clientes é a área onde as empresas europeias mais planeiam investir nos próximos dois anos, numa percentagem de respostas de 49%. Ao terem acesso aos dados dos clientes, as organizações beneficiam de informação privilegiada sobre os mesmos, podendo fornecer produtos e serviços mais relevantes e convenientes. No entanto, devem ser transparentes sobre as informações que recolhem, e permitir que sejam os clientes a decidir se querem, ou não, fornecer determinados dados. É ainda fundamental que as empresas adotem medidas de segurança e que estejam atentas a possíveis ameaças, de modo a garantir a proteção de dados confidenciais. 

Por outro lado, o estudo indica que a criação de hábitos sustentáveis é umas das grandes preocupações das empresas, sendo que 79% das organizações europeias que responderam ao inquérito indicaram que já são eco-friendly. Revelaram ainda que, em última análise, cabe maioritariamente aos líderes garantir que a tecnologia e os dados da sua empresa são utilizados de forma sustentável e ecológica; 

As organizações europeias referiram que as formas mais valiosas onde, atualmente, utilizam os dados é na tomada de melhores decisões empresariais, uma opção que reuniu uma percentagem de respostas de 34%, e em estratégias de comunicação, também com 34%. Seguem-se a melhoria da experiência do cliente, com 33%, e inovar de forma eficaz, com 32%; 

Além disso, 74% das organizações europeias referem que gerem eficazmente a sua infraestrutura de dados, sem necessitar da assistência de terceiros. Isto é, são suficientemente autónomas para decidir onde devem, ou não, aplicar os dados recolhidos, sem terem de recorrer a organizações especializadas na área. 

Na opinião de Mark Ablett, Presidente de Infraestrutura Digital da Hitachi Vantara, “a modernização das infraestruturas atuais envolve plataformas de última geração que não só proporcionam maior velocidade, fiabilidade e proteção dos dados, como também requerem muito menos espaço e energia. Isto possibilita que as empresas obtenham mais valor dos seus dados, enquanto reduzem a sua pegada de carbono. As organizações que hoje são proativas ao dar prioridade a estas áreas críticas terão uma vantagem significativa no mercado nos próximos anos”.

De acordo com o mesmo inquérito, o futuro do armazenamento de dados passará pelo modelo de nuvem híbrida, alavancando uma mistura de nuvem pública e privada, e com recurso a uma mistura entre partilha de localizações, e a persistência em instalações próprias. 

Durante anos esperava-se que a nuvem se tornasse num produto que faria com que os locais de trabalho desaparecessem. Isso não aconteceu – o que verificamos é que vivemos num mundo híbrido”, indica Gary Lyng, Vice-Presidente de Marketing de Soluções de Produtos da Hitachi Vantara. Acrescenta que “a quantidade de armazenamento e processamento de dados que tem lugar dentro ou fora das instalações das empresas varia consoante a procura económica e a carga de trabalho das aplicações”. 

Os inquiridos foram ainda questionados sobre a importância da modernização da infraestrutura de dados para a sua atual estratégia de transformação empresarial, ao qual 64% dos que afirmam que esta é a área mais importante ou uma área muito importante ocupam cargos considerados de “líder”, e estes tinham 33% de maior probabilidade de afirmar que a sua infraestrutura é suficientemente resistente para recuperar todos os dados de um ataque de ransomware. Mais de três quartos (79%) dos líderes concordaram que a sua organização deve envolver-se na transformação digital para sobreviver e prosperar.  

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