IDC Directions 2021

IDC Directions 2021: resiliência para construir “uma organização que se consegue adaptar a tempos difíceis”

O Global President da IDC, Crawford Del Prete discursou sobre resiliência, inovação e competências no segundo dia do Directions 2021

IDC Directions 2021: resiliência para construir “uma organização que se consegue adaptar a tempos difíceis”

Crawford Del Prete encabeça a IDC como Global President e abriu o segundo dia do IDC Directions com um discurso sobre resiliência digital – DX Spending and the need to drive adaptability and automation, onde conta que no decorrer da transformação digital (DX), o pensamento dos decisores deve apontar para “como é que construo uma organização que se consegue adaptar a tempos difíceis e prosperar? Através da resiliência”.

Del Prete comparou o vento ao mundo digital de hoje e através da analogia explicou como “navegar os ventos de um mundo digital-first”. Conta que, atualmente, há três pontos centrais que influenciam o modus operandi das organizações – a que chama “headwinds”. Por um lado, o ripple effect, ou, em português, o efeito cascata ou boneco de neve da pandemia, que continua a potenciar a digitalização das empresas. Num segundo plano, a falta de competências adequadas tem atrasado a DX, influenciada pela corrida mundial para encontrar, contratar e reter talento. Por fim, a guerra fria tecnológica que promete marcar o futuro tecnológico. 

A partir daí, é prioritário pensar estrategicamente nos passos a dar para garantir a sobrevivência e o crescimento das organizações. Nesse sentido, Del Prete pensou nos “tailwinds” que traçam os gastos tecnológicos. Em primeiro lugar, os novos e agora permanentes hábitos dos consumidores no pós-pandemia, altamente marcados pelo digital, com o aumento do e-commerce, das aplicações bancárias, de saúde, entre outras, ou os pagamentos online. Por outro lado, a corrida para o futuro empresarial digital (segundo dados da IDC, em 2019, 37% das organizações tinham um compromisso de longo prazo com a DX, número que subiu para 53% em 2021). E, por fim, é o governo que desenha os investimentos em tecnologia, como, por exemplo, o Plano de Recuperação e Resiliência. 

A analogia termina com os “crosswinds” que incluem o impacto das iniciativas de sustentabilidade nos negócios, as normas sociais em constante mutação e mudanças sistémicas nas indústrias através de avultados investimentos pós-COVID-19. Contudo, é a resiliência digital, nota Del Prete, que permite ultrapassar os obstáculos – a capacidade de adaptação rápida a circunstâncias disruptivas, aumentando as capacidades digitais de forma a restaurar as operações das organizações e capitalizar com as mudanças. 

Contudo, a resiliência requer transformações em múltiplas dimensões – a nível de governance e leadership, a nível financeiro, operacional, na força de trabalho, na cultura e reputação e nos clientes e ecossistema. 

Apesar da resiliência e maturidade digital ser diferente entre países e regiões mundiais e depender da conjuntura do mercado nacional, o presidente global da IDC nota que a estratégia comum deve incluir um repensar na colaboração no ecossistema das organizações, com foco em modelos inovadores a longo prazo e no crescimento do negócio através de competências, não só hard skills, como soft innovation skills. Del Prete conclui que é através da resiliência, da inovação e das competências que a era digital vai prosperar. 

 

A IT Insight é Media Partner do IDC Directions 2021

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