O acordo alcançado esta semana tem como objetivo pôr fim a uma ação coletiva que teve início em 2020
A Google vai proceder à destruição de milhares de milhões de registos de dados. Em causa está um processo sobre o alegado rastreamento de utilizadores que navegavam na internet em modo anónimo. O acordo foi apresentado no início desta semana, num tribunal federal de Oakland, na Califórnia, EUA, e está avaliado em mais de 5 mil milhões de dólares. A ação coletiva teve início em 2020, abrangendo milhões de utilizadores do Google que recorreram à navegação anónima desde o dia 1 de junho de 2016. Um acordo preliminar foi, entretanto, alcançado em dezembro de 2023, evitando assim um julgamento agendado para fevereiro de 2024. De acordo com os utilizadores, as análises, as cookies e as aplicações da Google permitem que a Alphabet rastreie indevidamente os utilizadores que configuram o navegador Chrome do Google para o modo “Incógnito” e outros para a navegação anónima. Nos termos do acordo, a Google deverá atualizar as informações sobre os dados que recolhe na navegação anónima e permitir ainda que os utilizadores que recorrem a este modo de navegação bloqueiem os cookies de terceiros durante cinco anos. “A Google recolherá menos dados das sessões de navegação anónima dos utilizadores e ganhará menos dinheiro com esses dados”, garantiram os advogados da tecnológica. David Boies, um dos intervenientes, considera o acordo “um passo histórico na exigência de honestidade e responsabilidade das empresas de tecnologia dominantes”. Jose Castaneda, porta-voz da Google, sublinha que a empresa tem “todo o gosto em eliminar dados técnicos antigos que nunca foram associados a um indivíduo e que nunca foram utilizados para qualquer forma de personalização”. |