As previsões da Gartner apontam que os gastos em IT na EMEA deverão chegar a 1,3 biliões de dólares em 2022
Numa discussão ampla sobre as tendências macroeconómicas do mercado de IT na EMEA durante o IT Symposium/Xppo EMEA, os analistas da Gartner anunciaram que os gastos com IT na EMEA deverão chegar a 1,3 biliões de dólares em 2022, um aumento de 4,7% face a 2021. Estima-se também que a taxa de crescimento para 2022 seja mais lenta do que em 2021, em que se prevê que cresça 6,3%. Segundo as previsões da Gartner, a maior mudança deve-se mover de uma perspetiva de quantia do financiamento para como o IT é financiado. "O IT está a transitar de apoiar o negócio para ser o negócio — o que significa que os gastos em tecnologia passam de um custo de operações (venda, geral e administrativo [SGA]) para um custo de receita (COR), ou possivelmente o custo dos bens vendidos (COGS)", disse John Lovelock, vice-presidente de investigação da Gartner. "Os CIO têm de realizar um ato de equilíbrio, poupar dinheiro e expandir as receitas”, completa.
Estima-se que, na EMEA, os gastos com software empresarial tenham o maior crescimento em 2022, impulsionado pelo aumento dos gastos em cloud. "Desde o início da pandemia, a entrega de cloud tem demonstrado elasticidade e flexibilidade. Aumentou quando necessário e escalou quando preciso", afirma Lovelock, acrescentando que “os CIO usarão cada vez mais alternativas em cloud para garantir mais rapidez para demonstrar o valor dos seus investimentos em IT”. As previsões notam um aumento de 12,5% nos gastos com a cloud empresarial em 2022. A Infrastructure-as-a-Service (IaaS) e Desktop-as-a-Service (DaaS) deverão ser os dois segmentos em que as organizações da EMEA vão aumentar mais as despesas, atingindo um crescimento de 32,3% e 31,1%, respetivamente. "O aumento do software de aplicações empresariais, software de infraestruturas, serviços geridos e serviços de infraestruturas na cloud demonstra que o negócio digital não é apenas uma tendência de um ou dois anos – é sistémico e a longo prazo", assegura Lovelock. Adicionalmente, depois de um crescimento de dois dígitos nos gastos com dispositivos em 2021, deverá haver um abrandamento no próximo ano, com o segmento a crescer 0,7% anualmente. |