Em 2018, o Facebook foi acusado de permitir que terceiros, incluindo a Cambridge Analytica, tivessem acesso a dados pessoais de utilizadores da rede social, que viriam a ser utilizados para influenciar os eleitores a favor de Donald Trump nas eleições de 2016
O Facebook – detido pela Meta – chegou a um acordo preliminar num processo judicial que teve início em 2018 por permitir a terceiros, incluindo a Cambridge Analytica, o acesso a dados pessoais privados de utilizadores da rede social. No documento apresentado no tribunal federal de São Francisco, o Facebook afirma estar a preparar um “princípio de acordo”, e solicitou a suspensão do processo por 60 dias, tendo em vista a conclusão do acordo por escrito. A informação divulgada dá conta de um pré-acordo entre as partes envolvidas, mas não indica detalhes financeiros nem os termos do acordo. É de notar que Mark Zuckerberg e a ex-COO da empresa, Sheryl Sandberg, - que anunciou a sua demissão em junho – foram convocados para uma audiência no final de setembro. Com o acordo, o Facebook evita que o julgamento do caso avance para tribunal. O processo teve início quando utilizadores do Facebook acusaram a rede social de violar as regras de proteção de privacidade ao partilhar os seus dados com terceiros, e resultou num processo que constituiu uma das maiores polémicas relacionadas com a rede social. Foi neste contexto que a Cambridge Analytica recolheu e utilizou os dados pessoais de 87 milhões de utilizadores do Facebook através de um acesso concedido pela plataforma, sem consentimento dos respetivos utilizadores, para favorecer Donald Trump nas eleições de 2016.
|