Europeus mostram-se céticos quanto ao impacto da IA na economia

Estudo aponta que 36% dos europeus acreditam que a inteligência artificial vai trazer mais riscos do que oportunidades e mostram-se céticos quanto ao impacto da IA na economia

Europeus mostram-se céticos quanto ao impacto da IA na economia

A Inteligência Artificial (IA) está presente no dia-a-dia das economias e sociedades, mas os europeus continuam céticos quanto aos efeitos que esta tecnologia tem nas suas economias, empregos e salários.

A Allianz Trade realizou, no início de 2024, um inquérito a seis mil pessoas – presentes na Áustria, França, Alemanha, Itália, Polónia e Espanha – e 36% dos inquiridos revelaram que acreditam que a IA vai trazer mais riscos que oportunidades. E, 29% dos participantes no estudo acredita que haverá um equilíbrio entre as oportunidades e os riscos. Por outro lado, apenas 21% está otimista, considerando que a IA trará benefícios para as suas economias.

O inquérito realizado pela líder mundial em Seguro de Crédito demonstra também que o otimismo manifestado pelas pessoas que participaram no estudo está diretamente relacionado com o seu nível académico. Assim, quanto mais elevado o nível académico, mais provável é considerarem como positivos os desenvolvimentos que a Inteligência Artificial irá alocar às suas economias. Porém, há ainda que ter em conta que, entre os que têm um nível de ensino alto, o ceticismo permanece.

A Inteligência Artificial, presente em todos os setores de atividade, motiva algumas preocupações em temas como o emprego. No inquérito realizado pela Allianz Trade, e em termos globais, as respostas partilhadas pelos participantes sugerem que há receios, com 46% dos inquiridos a salientarem que a IA vai fazer com que os trabalhadores sejam mais eficientes, permitindo às empresas diminuir postos de trabalho. 

Por outro lado, 35% acredita que a IA vai gerar procura por novas funções e tarefas. Também neste aspeto, há diferenças entre os participantes: os inquiridos com rendimentos mais baixos, tendencialmente, defendem que a IA vai reduzir empregos e, em contraste, 42% dos que tem mais rendimentos esperam que a IA crie mais empregos.

Além disso, o desfasamento entre competências e a desigualdade pode ser agravada com a IA. Pelo menos, este é o sentimento de 51% dos inquiridos.

O setor dos seguros tem uma forte relação com os dados e, por isso, a Allianz Trade acredita que o setor pode beneficiar de uma ampla variedade de aplicações de Inteligência Artificial, que podem ser canalizadas para um aumento da produtividade. A análise preditiva pode, por exemplo, ser um apoio para estratégias de marketing, assim como a automatização de processos e produtos personalizados podem melhorar vendas e distribuição de produtos. 

Ainda sob o prisma do mercado laboral, a IA pode ser benéfica para o setor, numa altura em que a população, em particular nas sociedades mais desenvolvidas, está a envelhecer, limitando a força de trabalho nesses países. Com a aceleração de ferramentas de automatização na UE, alguma força laboral pode ser requalificada e passar a desempenhar funções onde são necessários mais recursos humanos, como no setor da saúde.

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